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Empregos a perigo

Veja 10 dicas para segurar seu lugar nessa época de instabilidade

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h35.

Motorola, Ericsson, UOL, iG, Telefô-nica, Lucent... A lista de empresas que demitiram em 2001 é interminável. Até agora, você conseguiu sobreviver - escapou da primeira, segunda e terceira onda de degoladas. Mas o que fazer daqui para a frente para garantir o emprego? Não existe fórmula mágica, é claro. Mas existem precauções que o bom senso indica que é melhor tomar. INFO conversou com especialistas do mercado e listou 10 dicas que podem ajudar.

  1. Não fique preso a uma única tecnologia. Amplie seus horizontes e procure conhecer novas ferramentas. Se você mexe com Java, fique ligado nas novas linguagens de internet, como o C#, e em e-business, por exemplo. "Hoje não existe mais um segmento de tecnologia, pois a tecnologia se transformou no rio que atravessa todos os negócios. Por isso, quem sabe apenas uma tecnologia está em desvantagem", diz o caçador de talentos Marcelo Mariaca, da Mariaca & Associates.

  2. Tranforme suas realizações em números. Não adianta cumprir metas e trabalhar direito se você não provar isso para o seu chefe. Você suou para implementar aquela rede em tempo recorde? Então coloque isso na planilha de Excel, mostrando o quanto isso representou de economia real para a empresa. E trate de mostrá-la ao seu superior. "Quem fica sempre na mesma e espera as coisas acontecerem é um bom candidato a ser demitido. Tome a iniciativa", diz Thomas Case, diretor do site de recrutamento Catho Online.

  3. Não desafie seu chefe em tempos de crise. Isso não significa se anular diante do superior nem o contrário, ou seja, subestimá-lo. Se ele fala Linux, não repita Solaris ou Windows 2000 sem parar. Apresente suas idéias como opções, e não como soluções definitivas, e aprenda a discordar de vez em quando. O erro é exagerar.

  4. Seja um bom executor. Bolar uma bela estratégia é importante, mas não basta. Botar tudo em prática direito também é essencial. "A estratégia é determinante para o sucesso de qualquer projeto, porém o mais importante é fazer com que ela seja bem operacionalizada", afirma Aline Zimermann, da ASAP. Não adianta fazer um projeto de intranet extraordinário no papel e deixar que ele fique lá mesmo, no papel, em vez de virar realidade e fazer diferença no dia-a-dia da empresa. Quem só faz planos direito fica com a fama de enrolão - portanto, candidato natural a passaralhos.

  5. Não faça leilão do seu passe. Mudar de endereço profissional como quem toma cafezinho não ajuda o currículo de ninguém. Se tiver de cortar alguém, há grandes chances de seu chefe cogitar aquelas pessoas que ele sabe que estão ali de passagem. "No ramo da tecnologia é comum profissionais mudarem de emprego por melhores propostas de salário. Porém eles mancham seu histórico ao demonstrar que não resistem a outra oportunidade melhor, mesmo que tenham de prejudicar o andamento de um trabalho", diz Célio Antunes, diretor do centro de treinamento Impacta.

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6. Não pense só no seu desenvolvimento profissional. Claro que todo mundo considera, em primeiro lugar, a própria carreira. Mas em épocas de instabilidade, em que sua empresa pode estar com problemas duríssimos, exibir um comportamento egoísta é a pior coisa a fazer. O jeito é sair da torre de marfim de seu nicho e descobrir como dar uma mão para fazer que os negócios da companhia melhorem. "Tenha sempre em mente como você pode contribuir para que a sua empresa cresça. Eficiência técnica é diferente de eficácia para buscar resultados", diz Eduardo Pellegrina, diretor de RH da Motorola.

  1. Atualize-se. Não se acomode nem por um dia, contagiado pelo clima de desânimo que tomou conta de tantas empresas depois de grandes demissões. "Pode parecer algo batido, mas uma atualização profissional contínua é imprescindível para aumentar seu valor diante da empresa e do mercado. Principalmente em tecnologia", diz Antunes. Utilize todo o tempo disponível para participar de palestras, seminários e cursos presenciais ou a distância. Que tal pensar com mais carinho naquela certificação em redes, na pós-graduação em engenharia ou mesmo num MBA? Conhecimento nunca é demais.

  2. Não fique enfurnado 16 horas por dia dentro do laboratório. Cuide da sua saúde. "Isso inclui desde preservar forças para passar por mudanças ou acumular tarefas até o limite físico mesmo", diz Pellegrina. "Trabalhar até altas horas da noite, todos os dias, de janeiro a dezembro e não tirar férias, como acontece com muitos profissionais da área, não o fará mais competente que os outros nem garantirá o seu emprego. Sem vida social a produtividade despenca", diz Aline Zimermann.

  3. Fique atento às áreas nas quais há escassez de profissionais. Se você é um profissional nota 10, há grandes chances de sobreviver mesmo se a maré estiver baixa. Apesar da crise, o mundo high tech ainda sofre com a falta de talentos suficientes para preencher todas as posições. De acordo com uma pesquisa da consultoria americana RHI Consulting, mais de 425 mil vagas de emprego high tech não serão ocupadas em 2002 no mundo por falta de gente, especialmente em áreas carentes como infra-estrutura de telecom, XML e banco de dados. Portanto, torne-se imprescindível. Mas não se esqueça de carregar aquele galhinho de arruda no bolso.

10 . Prepare-se para o caso de as nove dicas anteriores falharem. Crie uma rede de contatos e circule no mercado. "Networking é para a vida inteira, não só para um determinado momento da carreira", diz Mariaca. Além de você se tornar conhecido no meio em que atua, pode ampliar seu conhecimento do mercado. Faça um retrospecto da sua carreira e retome contatos antigos. Lembra dos seus primeiros colegas de trabalho ou da sua turma de engenharia da Poli? Trate de reencontrá-los colocando o palm, o e-mail e o celular trabalhando em seu favor. Plugado em amigos e conhecidos, será mais fácil arranjar um novo emprego se você perder o seu.

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