Exame Logo

Empreender é seu Plano B? Ouça os veteranos

Se a resposta é sim, converse com quem já trocou o crachá pelo negócio próprio. Você vai aprender excelentes lições e evitar os erros da transição

Ilustração - Empreender é seu Plano B? (Michell Lott/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 18h51.

São Paulo - Um dos temas da atualidade dentro e fora das rodinhas corporativas é o empreendedorismo . Entre os jovens, basta perguntar quem pensa em abrir um negócio para ouvir algumas propostas pipocarem. Mais gente tem deixado as empresas para empreender, mas esse não é um caminho fácil.

O que move o empreendedor são o crescimento nas vendas, o reconhecimento do cliente, o desconforto da concorrência e as distinções públicas, entre outros. Porém, sem equilíbrio nas finanças, organizações de qualquer porte estão fadadas ao fracasso. Não adianta vender bem se a operação não é lucrativa.

Em meu livro sobre o assunto destaco que, por falta de planejamento adequado, empreendedores cometem seus maiores erros muito antes de acumular dívidas.

Geralmente, erram na magnitude de seus investimentos — imobilizando capital para evitar o aluguel e a consequente repartição de lucros — e na dificuldade de antever as necessidades de caixa. Isso resulta em investimento do capital pessoal em ativos, que poderiam ser financiados a custo baixo, e busca de crédito caro para custear a falta de capital de giro. A falta crônica de capital de giro é sinônimo de erro no planejamento.

O maior equívoco que um empreendedor pode cometer é interpretar sua empresa como trabalho, e não como ativo. A maioria dos empreendedores ainda insiste em tratar seu negócio próprio como fonte de renda, e não como investimento. Drenam os lucros para custear sua vida pessoal, como compensação ao suposto trabalho intenso.

Se a companhia lucra 10 000 reais, o padrão de vida do empreendedor assume o nível de 10 000 reais.  Ao confundir lucro com receita pessoal, empreendedores normalmente ignoram que, sendo a empresa o melhor investimento que poderiam fazer, deveria ser natural que parte dos lucros fosse reinvestida continuamente, para gerar o desejável efeito dos juros compostos — essencial à multiplicação de riqueza.

Quem mama nos lucros da firma está altamente exposto à concorrência. Alguém um pouquinho mais perspicaz irá perceber que o negócio é promissor, abrirá uma concorrência, segurará seus impulsos de consumo para reinvestir no negócio e, em pouco tempo, irá engolir a fatia de mercado do acomodado concorrente. Juros compostos são a essência de um bom investimento. Cuide de seus ativos para não se tornar escravo deles.

Veja também

São Paulo - Um dos temas da atualidade dentro e fora das rodinhas corporativas é o empreendedorismo . Entre os jovens, basta perguntar quem pensa em abrir um negócio para ouvir algumas propostas pipocarem. Mais gente tem deixado as empresas para empreender, mas esse não é um caminho fácil.

O que move o empreendedor são o crescimento nas vendas, o reconhecimento do cliente, o desconforto da concorrência e as distinções públicas, entre outros. Porém, sem equilíbrio nas finanças, organizações de qualquer porte estão fadadas ao fracasso. Não adianta vender bem se a operação não é lucrativa.

Em meu livro sobre o assunto destaco que, por falta de planejamento adequado, empreendedores cometem seus maiores erros muito antes de acumular dívidas.

Geralmente, erram na magnitude de seus investimentos — imobilizando capital para evitar o aluguel e a consequente repartição de lucros — e na dificuldade de antever as necessidades de caixa. Isso resulta em investimento do capital pessoal em ativos, que poderiam ser financiados a custo baixo, e busca de crédito caro para custear a falta de capital de giro. A falta crônica de capital de giro é sinônimo de erro no planejamento.

O maior equívoco que um empreendedor pode cometer é interpretar sua empresa como trabalho, e não como ativo. A maioria dos empreendedores ainda insiste em tratar seu negócio próprio como fonte de renda, e não como investimento. Drenam os lucros para custear sua vida pessoal, como compensação ao suposto trabalho intenso.

Se a companhia lucra 10 000 reais, o padrão de vida do empreendedor assume o nível de 10 000 reais.  Ao confundir lucro com receita pessoal, empreendedores normalmente ignoram que, sendo a empresa o melhor investimento que poderiam fazer, deveria ser natural que parte dos lucros fosse reinvestida continuamente, para gerar o desejável efeito dos juros compostos — essencial à multiplicação de riqueza.

Quem mama nos lucros da firma está altamente exposto à concorrência. Alguém um pouquinho mais perspicaz irá perceber que o negócio é promissor, abrirá uma concorrência, segurará seus impulsos de consumo para reinvestir no negócio e, em pouco tempo, irá engolir a fatia de mercado do acomodado concorrente. Juros compostos são a essência de um bom investimento. Cuide de seus ativos para não se tornar escravo deles.

Acompanhe tudo sobre:Cabeça de empreendedorEdição 170EmpreendedoresEmpreendedorismoPequenas empresas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Carreira

Mais na Exame