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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h33.
Em dezembro de 2000, Stephanie, uma garotinha de 10 anos, subiu ao palco de um clube em São Paulo para receber o Prêmio Caboré de Profissional de Marketing do Ano. Depois de um pequeno discurso de agradecimento, saiu aplaudidíssima. Stephanie não é estrela mirim da televisão. Ela foi receber a homenagem em nome de sua mãe, Elizabeth Peart, a verdadeira premiada da noite, que, na ocasião, estava fora do país. O prêmio foi um reconhecimento justo pelo seu trabalho à frente do departamento de marketing da Nokia. "Tiramos a empresa do quase anonimato entre os brasileiros e ganhamos o Top of Mind por dois anos seguidos" , diz Elizabeth, referindo-se ao prêmio que indica as marcas mais lembradas pelo consumidor. Foi um desafio, mas ser a única mulher no meio de 19 CEOs mostra que ela é boa nisso. Elizabeth não nasceu em berço de ouro. Estudou em escolas públicas e, como tantas outras profissionais, foi barrada ao tentar mudar de departamento na Ford -- unicamente pelo fato de ser mulher. "O chefe disse que só havia homens e que todo mundo trabalhava até tarde. Insinuou que seria um problema ter uma mulher por l" , conta. Elizabeth não levou essa promoção, mas fez uma carreira de 16 anos na montadora, passou pela Chrysler e pela Nokia, e assumiu o posto de diretora de marketing na multinacional francesa Sodexho Pass, onde está desde setembro, pronta para encarar os próximos desafios.