Carreira

EDP lança primeira escola de eletricistas para pessoas trans

O curso 100% gratuito começará com duas turmas para 16 alunos em São Paulo e no Espírito Santo

Abertura do curso de eletricista somente para mulheres no Senai do Civit (EDP/Mosaico Imagem/Gabriel Lordêllo/Divulgação)

Abertura do curso de eletricista somente para mulheres no Senai do Civit (EDP/Mosaico Imagem/Gabriel Lordêllo/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 19 de novembro de 2021 às 10h23.

Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 10h28.

A EDP, empresa elétrica portuguesa, anunciou o lançamento da primeira escola de eletricistas com turmas focadas na formação de pessoas trans. E as inscrições para as duas turmas de estreia já estão abertas e o programa é totalmente gratuito.

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A escola é uma nova versão do projeto de sucesso para a formação de mulheres eletricistas. Desde 2018, a empresa realizou a contratação de 40% das alunas que concluíram o curso.

Além do objetivo de aumentar a diversidade em seu quadro, a EDP também busca aumentar as oportunidades de emprego para um grupo tão vulnerável quanto a população transgênero.

Com dificuldades de acessar o mercado formal e afetadas pela alta violência no Brasil, dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontam que 90% das pessoas trans já recorreram ao trabalho sexual em algum momento da vida.

A nova escola da EDP começa com duas turmas de 16 alunos, em Guarulhos (SP) e Serra (ES). As aulas começam em janeiro, mês da Visibilidade Trans.

O curso ministrado pelo SENAI é gratuito e dura cerca de três meses. Os participantes receberão materiais didáticos, uniformes, equipamentos de proteção, bolsa-auxílio e almoço no local.

Além da capacitação técnica, o programa também terá um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais, ministrado por Maite Schneider, cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade.

A empresa ainda deixará disponível seu Programa de Assistência Social para os estudantes, o que inclui suporte psicológico em serviço social, previdenciário e jurídico.

Podem se inscrever pessoas trans, travestis e não-bináries, com ensino médio completo e no mínimo 18 anos. Como as aulas são presenciais, é necessário apresentar comprovante de vacinação contra covid-19.

As inscrições podem ser feitas pelo site da escola até o dia 3 de dezembro.

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