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Desemprego prolongado reduz expectativa de vida

Relatório do FMI, em conjunto com a OIT, analisa o impacto da perda de um emprego na vida do desempregado e daqueles ao seu redor

Desemprego nos EUA: estudo norte-americano calculou uma diminuição de 20% na renda de um trabalhador que perdeu seu emprego durante a crise (Arquivo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 10h58.

Oslo - A pessoa que perdeu o emprego durante a recente crise financeira terá sua expectativa de vida reduzida em até um ano e meio, caso a situação de desemprego perdure por duas décadas.

Essa é uma das conclusões do relatório elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a Conferência sobre Emprego e Crescimento que ocorre hoje em Oslo com a participação de alguns chefes de Estado.

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"As consequências sociais, e até na saúde, do desemprego são enormes", disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, durante a conferência de Oslo, a primeira conjunta com a OIT.

Strauss-Kahn destacou que o custo humano do desemprego é "muito sério", embora não se costume falar sobre isso. "Se você perde seu trabalho, o mais provável é que sofra problemas de saúde ou morra jovem", constata o documento.

"Se você perde seu trabalho, seus filhos terão problemas no colégio e o mais provável é que perca a confiança nas instituições públicas e na democracia", acrescentou o diretor-gerente do FMI.

Segundo o relatório, que serve de base aos debates de Oslo, os efeitos da perda do emprego em tempos de recessão são maiores que em tempos normais.

Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que um trabalhador que perdeu o emprego durante a crise, 15 ou 20 anos depois terá uma renda 20% menor do que tinha antes.

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