Carreira

Dá pra viver com 1.500

Quem tem renda mensal de até três salários mínimos, ou seja, 30% da população, pode pagar as contas e, com um bom planejamento, até guardar algum dinheiro no fim do mês

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 18h12.

São Paulo - Pagar as contas e ainda poupar com uma renda mensal de até três salários mínimos, o equivalente a 1 530 reais, parece uma missão impossível? A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostra que 22% da população brasileira recebe de um a dois salários mínimos e quase 8% embolsam de dois a três salários.

Para quem está nesta situação, o planejamento e a disciplina são as palavras de ordem. “Quem consegue fazer uma boa administração do dinheiro, com os pés na realidade, consegue identificar o limite de consumo, e isso independe do valor do salário”, diz Elaine Toledo, consultora financeira, de São Paulo.

É claro que é preciso adaptar o padrão de consumo à disponibilidade financeira — jantar fora todo fim de semana, por exemplo, é incompatível com essa renda. “Quanto menor o salário mais minucioso tem de ser o orçamento”, diz Cristiana Dias Baptista, especialista financeira de São Paulo.

Detalhar todas as despesas numa planilha — até mesmo o cafezinho na padaria —, dispensar o cartão de crédito, poupar valores pequenos (20 ou 30 reais) são algumas das lições para quem ganha 1 500 reais. Ao lado, confira outras dicas.

Não sobrou quase nada. o que fazer?

Pequenos valores podem ajudar você a pagar as contas e conquistar objetivos no médio e longo prazo. Por isso não deixe de guardar a grana que sobrou. Se economizar 30 reais por mês, durante 12 meses, dá para pagar a parcela do seguro do seu carro, por exemplo. “As pessoas desprezam valores pequenos, mas não percebem que podem fazer da situação um hábito de poupar”, diz Elaine Toledo. 

Contabilize tudo

É importante somar todas as despesas fixas e todas as variáveis para identificar sua capacidade de poupança. O ideal é fazer uma reserva de pelo menos 10% do salário. 


Casado e com filhos

Quem está nessa situação deve fugir do pagamento a prazo. Com um salário curto, além do orçamento bem organizado, é preciso levar em conta os imprevistos com as crianças. 

Dispense o cartão de crédito

Quem tem um salário curto deve cancelar o cartão de crédito. “Com ele você ‘cria’ dinheiro e não percebe os gastos”, diz Cristiana Dias Baptista. Segundo a consultora, é possível economizar 20% do salário ao deixar de usar o cartão de crédito.

Dá para investir com pouco

Não deixe de aplicar o que sobrou, mesmo que a grana seja curta. Hoje, já existem fundos de ações em que é possível começar a investir com apenas 100 reais. “O ideal é que a taxa de administração do fundo não ultrapasse 2%. Se for maior, a poupança e a renda fixa são opções melhores”, diz Elaine Toledo. 

Solteiro

Se você ainda não  formou uma família, aproveite para fazer uma reserva financeira. Quem tem um salário líquido de 1 500 reais e aplica 10% dele todo mês na poupança (150 reais) acumulará 3 859 reais em 24 meses. Com essa grana você pode investir na sua carreira, fazendo um curso.

Seja rigoroso nos gastos

As despesas com habitação não devem comprometer 30% da renda, ou seja, para quem tem um salário de 1.500 reais, os gastos não devem ultrapassar 450 reais — o que é muito pouco. Portanto, a solução, nesse caso, é dividir a despesa com alguém.        

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