Como um atentado mudou a carreira do fundador da i9group
Depois de escapar de um atentado, o executivo carioca Fabio Toledo decidiu mudar de rumo e ensinar empreendedorismo a jovens
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2015 às 08h00.
Há muitos negócios que nascem das adversidades pelas quais passam seus fundadores. A história de Fabio Toledo, de 36, dono da i9group, uma empresa do Rio de Janeiro que ensina treinamento e inovação vai por esse caminho.
Ex-superintendente de tecnologia e inovação da Light, concessionária de energia elétrica fluminense, Fabio jurou que ensinaria tudo que aprendeu sobre cidadania e liderança enquanto tentava escapar de um atentado que quase tirou sua vida. “Quero incluir todas as pessoas, ensinar a importância da cidadania e dos aspectos comportamentais para inovar, empreender e ser um bom líder”, afirma Fabio.
O crime ocorreu em 2004. Nos meses anteriores, Fabio vinha sendo ameaçado de morte por estar desenvolvendo um eficiente sistema de detecção de irregularidades em instalações elétricas, os chamados gatos, de grandes clientes da Light. O projeto, que uma vez concluído evitou grandes prejuízos para a companhia, permitia à companhia denunciar quem ousasse fazer ligações clandestinas e prender em flagrante. Os bandidos pressionavam para que Fabio abandonasse a iniciativa.
A empresa decidiu colocar seguranças acompanhando-o 24 horas por dia. Mas não foi suficiente. Fábio foi abordado num bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. “Eles fecharam nosso carro e saíram atirando”, diz ele. Como o veículo não era blindado, Fábio deu uma ré e fugiu. “Até hoje não sei como saí vivo daquela situação”, afirma.
O executivo precisou se esconder em uma comunidade do bairro até que a polícia chegasse. “Foi uma hora de aflição, pois não sabia se os bandidos apareceriam para terminar o serviço”, afirma. Apenas uma coisa passava por sua cabeça: ver a família novamente. “Naquele momento, fiz a promessa de que se saísse vivo tiraria do papel um antigo sonho de repassar a crianças e jovens tudo o que aprendi sobre cidadania e liderança”, afirma Fabio.
Após o incidente, a Light expatriou Fabio, que foi morar na França. Mesmo distante, a promessa do dia do atentado não saiu de sua cabeça. “A questão é que eu ainda não me sentia preparado para levar o projeto adiante”, afirma Fabio. Era preciso aprender mais sobre gestão de projetos, empreendedorismo, pesquisar o mercado e buscar experiências em culturas diferentes. Além da França, o hoje empresário morou na Inglaterra e na África do Sul. Ficou sete anos no exterior.
Quando sentiu que estava pronto - e que a recordação do atentado já havia ficado no passado -- Fabio voltou ao Brasil para cumprir a promessa. Em 2013, ele fundou a i9group, que vende sua metodologia de ensino de tecnologia, inovação e empreendedorismo para empresas. Por meio dos programas da i9, os estudantes desenvolvem durante as aulas projetos de sites, jogos, sistemas, aplicativos, impressão 3D, robôs e drones, além de aprender a vender suas ideias.
Paralelamente, Fabio leva o mesmo conhecimento de graça para comunidades pobres. Neste ano, uma parceria fechada com a Fundação Ângelo Bozzetto, que incentiva projetos sociais na área de educação, no Rio Grande do Sul, vai permitir que 1 000 jovens recebam o treinamento da i9. “Hoje, faço algo que me proporciona prazer e ainda posso ajudar as pessoas”, diz Fabio. “O mesmo conhecimento tecnológico que antes eu usava para reprimir hoje uso para educar.”
Há muitos negócios que nascem das adversidades pelas quais passam seus fundadores. A história de Fabio Toledo, de 36, dono da i9group, uma empresa do Rio de Janeiro que ensina treinamento e inovação vai por esse caminho.
Ex-superintendente de tecnologia e inovação da Light, concessionária de energia elétrica fluminense, Fabio jurou que ensinaria tudo que aprendeu sobre cidadania e liderança enquanto tentava escapar de um atentado que quase tirou sua vida. “Quero incluir todas as pessoas, ensinar a importância da cidadania e dos aspectos comportamentais para inovar, empreender e ser um bom líder”, afirma Fabio.
O crime ocorreu em 2004. Nos meses anteriores, Fabio vinha sendo ameaçado de morte por estar desenvolvendo um eficiente sistema de detecção de irregularidades em instalações elétricas, os chamados gatos, de grandes clientes da Light. O projeto, que uma vez concluído evitou grandes prejuízos para a companhia, permitia à companhia denunciar quem ousasse fazer ligações clandestinas e prender em flagrante. Os bandidos pressionavam para que Fabio abandonasse a iniciativa.
A empresa decidiu colocar seguranças acompanhando-o 24 horas por dia. Mas não foi suficiente. Fábio foi abordado num bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. “Eles fecharam nosso carro e saíram atirando”, diz ele. Como o veículo não era blindado, Fábio deu uma ré e fugiu. “Até hoje não sei como saí vivo daquela situação”, afirma.
O executivo precisou se esconder em uma comunidade do bairro até que a polícia chegasse. “Foi uma hora de aflição, pois não sabia se os bandidos apareceriam para terminar o serviço”, afirma. Apenas uma coisa passava por sua cabeça: ver a família novamente. “Naquele momento, fiz a promessa de que se saísse vivo tiraria do papel um antigo sonho de repassar a crianças e jovens tudo o que aprendi sobre cidadania e liderança”, afirma Fabio.
Após o incidente, a Light expatriou Fabio, que foi morar na França. Mesmo distante, a promessa do dia do atentado não saiu de sua cabeça. “A questão é que eu ainda não me sentia preparado para levar o projeto adiante”, afirma Fabio. Era preciso aprender mais sobre gestão de projetos, empreendedorismo, pesquisar o mercado e buscar experiências em culturas diferentes. Além da França, o hoje empresário morou na Inglaterra e na África do Sul. Ficou sete anos no exterior.
Quando sentiu que estava pronto - e que a recordação do atentado já havia ficado no passado -- Fabio voltou ao Brasil para cumprir a promessa. Em 2013, ele fundou a i9group, que vende sua metodologia de ensino de tecnologia, inovação e empreendedorismo para empresas. Por meio dos programas da i9, os estudantes desenvolvem durante as aulas projetos de sites, jogos, sistemas, aplicativos, impressão 3D, robôs e drones, além de aprender a vender suas ideias.
Paralelamente, Fabio leva o mesmo conhecimento de graça para comunidades pobres. Neste ano, uma parceria fechada com a Fundação Ângelo Bozzetto, que incentiva projetos sociais na área de educação, no Rio Grande do Sul, vai permitir que 1 000 jovens recebam o treinamento da i9. “Hoje, faço algo que me proporciona prazer e ainda posso ajudar as pessoas”, diz Fabio. “O mesmo conhecimento tecnológico que antes eu usava para reprimir hoje uso para educar.”