Como o Burnout atinge a Geração Z no mercado de trabalho?
Entrevistas realizadas pela McKinsey indicam grandes diferenças entre as gerações, com a Geração Z relatando níveis mais baixos de bem-estar emocional e social do que as gerações anteriores
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 15h05.
Por Diego Cidade, fundador da Academia do Universitário
Quase dois anos após o início da pandemia de COVID-19 no mundo, a geração Z, desde estudantes do ensino médio até profissionais iniciantes, está relatando taxas mais altas de ansiedade, depressão e angústia do que qualquer outra faixa etária.
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Desde o dia 1º de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout é considerada uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Entrevistas realizadas pela McKinsey indicam grandes diferenças entre as gerações, com a Geração Z relatando a perspectiva de vida menos positiva, incluindo níveis mais baixos de bem-estar emocional e social do que as gerações mais velhas.
Um em cada quatro entrevistados da Geração Z r elatou sentir-se mais emocionalmente angustiado (25%), quase o dobro dos níveis relatados pelos entrevistados Millennials e da Geração X (13% cada) e mais do que o triplo dos níveis relatados pelos entrevistados da geração baby boomer (8%).
Estresse e incerteza, misturados com as pressões do trabalho, podem ameaçar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e levar ao esgotamento.
Em pesquisa realizada pela Employment Hero em 2022, mais de 50% dos entrevistados passaram por esse sentimento de esgotamento nos últimos 3 meses.
Os principais pontos apontados como causadores de estresse nos funcionários são:
- Carga de trabalho é excessiva (73%)
- Dificuldade em equilibrar trabalho e vida pessoal (59%)
- Falta de comunicação (48%)
Ou seja, uma carga de trabalho excessiva ou um equilíbrio ruim entre vida pessoal e profissional podem levar ao esgotamento e, por fim, demissão.
As organizações devem entender que depositar mais e mais funções em um funcionário não é uma economia de custos, e pode ser caro a longo prazo.
Tendo em vista que no relatório do Bank of America descobriu-se que 25% dos trabalhadores da Geração Z mudaram de emprego no 1º semestre de 2022.
Se a empresa não se atentar a essa pauta agora, ela pode se prejudicar a longo prazo. A sua empresa tem pensado em saúde mental e estudado sobre o Burnout? Quais iniciativas recentemente foram desenvolvidas pensando no bem-estar do seu colaborador?