Como chefes podem salvar o ambiente de trabalho do “climão”
Confira o que só os chefes podem fazer para melhorar o clima no ambiente de trabalho em tempos de crise e pessimismo
Valéria Bretas
Publicado em 9 de agosto de 2015 às 06h00.
São Paulo – Com a desaceleração da economia, o pessimismo dentro das organizações só fez aumentar o alarde na retenção de talentos. Uma pesquisa divulgada recentemente pela consultoria de negócios Hay Group mostra o ponto crítico no cenário das contratações .
Segundo o estudo, que ouviu 301 empresas no Brasil, por conta dos fatores econômicos negativos, a maioria dos entrevistados avalia o ano de 2015 como pior do que 2014. O mesmo levantamento divulgado no início do ano mostrava uma opinião diferente – apenas um terço tinha essa percepção desfavorável.
E fica pior.
As contratações previstas nas companhias foram canceladas ou suspensas em 53% dos casos. Além disso, só nos cinco primeiros meses do ano foram fechadas mais de 240 mil vagas de trabalho.
Em um momento de tensão, os líderes precisam se policiar para tentar, ao menos, melhorar o clima entre as equipes. Conversamos com alguns especialistas em liderança para descobrir o que é possível ser feito para aliviar o "climão".
Segundo André Caldeira, CEO da Propósito, consultoria especializada em gestão de carreira , a primeira coisa que deve ser feita é investir na comunicação clara e aberta com os funcionários. “Esse tipo de movimento é importante para que as pessoas se sintam mais confortáveis no dia a dia”, diz André Caldeira.
Ele conta que em momentos como esse, a construção do diálogo transparente minimiza os efeitos da chamada ‘rádio corredor’ (ou rádio peão) – conversa paralela entre os empregados de uma companhia. “Realizar encontros com frequência pode ajudar. As pessoas são adultas e querem se situar sobre o que acontece dentro do seu local de trabalho”, afirma.
Parece que tampar o sol com a peneira não é a melhor das ideias.
De acordo com a coach executiva, Eva Hirsch, as empresas não podem apostar na negação quando se está em um momento crítico. Esse tipo de postura pode gerar insegurança e desmotivação – o que traz resultados negativos para a companhia. Ela destaca algumas ações que os chefes podem promover para minimizar esse tipo de impacto:
Conversar individualmente com cada membro da equipe
“Cada pessoa reage e vive esse período de forma diferente. Em nenhum momento o líder pode garantir ou prometer alguma coisa, mas é preciso se colocar no lugar da inquietação do outro” diz a especialista.
Fazer reuniões semanais
Apesar da crise, reunir a equipe semanalmente para compartilhar as novidades ajuda a reduzir a incerteza. “O líder sempre deve falar aquilo que pode ser divulgado”, afirma Eva.
Realinhar expectativas
Diante de possíveis mudanças é preciso alinhar as expectativas. Segundo ela, os líderes não têm esse hábito. “Se um cargo, curso ou transferência que estavam prometidos não estiverem mais disponíveis, o gestor deve ser claro e transparente até que a situação se normalize”, descreve.
São Paulo – Com a desaceleração da economia, o pessimismo dentro das organizações só fez aumentar o alarde na retenção de talentos. Uma pesquisa divulgada recentemente pela consultoria de negócios Hay Group mostra o ponto crítico no cenário das contratações .
Segundo o estudo, que ouviu 301 empresas no Brasil, por conta dos fatores econômicos negativos, a maioria dos entrevistados avalia o ano de 2015 como pior do que 2014. O mesmo levantamento divulgado no início do ano mostrava uma opinião diferente – apenas um terço tinha essa percepção desfavorável.
E fica pior.
As contratações previstas nas companhias foram canceladas ou suspensas em 53% dos casos. Além disso, só nos cinco primeiros meses do ano foram fechadas mais de 240 mil vagas de trabalho.
Em um momento de tensão, os líderes precisam se policiar para tentar, ao menos, melhorar o clima entre as equipes. Conversamos com alguns especialistas em liderança para descobrir o que é possível ser feito para aliviar o "climão".
Segundo André Caldeira, CEO da Propósito, consultoria especializada em gestão de carreira , a primeira coisa que deve ser feita é investir na comunicação clara e aberta com os funcionários. “Esse tipo de movimento é importante para que as pessoas se sintam mais confortáveis no dia a dia”, diz André Caldeira.
Ele conta que em momentos como esse, a construção do diálogo transparente minimiza os efeitos da chamada ‘rádio corredor’ (ou rádio peão) – conversa paralela entre os empregados de uma companhia. “Realizar encontros com frequência pode ajudar. As pessoas são adultas e querem se situar sobre o que acontece dentro do seu local de trabalho”, afirma.
Parece que tampar o sol com a peneira não é a melhor das ideias.
De acordo com a coach executiva, Eva Hirsch, as empresas não podem apostar na negação quando se está em um momento crítico. Esse tipo de postura pode gerar insegurança e desmotivação – o que traz resultados negativos para a companhia. Ela destaca algumas ações que os chefes podem promover para minimizar esse tipo de impacto:
Conversar individualmente com cada membro da equipe
“Cada pessoa reage e vive esse período de forma diferente. Em nenhum momento o líder pode garantir ou prometer alguma coisa, mas é preciso se colocar no lugar da inquietação do outro” diz a especialista.
Fazer reuniões semanais
Apesar da crise, reunir a equipe semanalmente para compartilhar as novidades ajuda a reduzir a incerteza. “O líder sempre deve falar aquilo que pode ser divulgado”, afirma Eva.
Realinhar expectativas
Diante de possíveis mudanças é preciso alinhar as expectativas. Segundo ela, os líderes não têm esse hábito. “Se um cargo, curso ou transferência que estavam prometidos não estiverem mais disponíveis, o gestor deve ser claro e transparente até que a situação se normalize”, descreve.