(Bruno Caimi/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 15h21.
Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 15h22.
Nesta época natalina, escrevemos diversas mensagens, participamos de muitas confraternizações. Atentos à reputação da nossa marca pessoal ou da empresa que representamos, esses textos falados e escritos precisam de um cuidado ainda maior.
LEIA TAMBÉM:
São raros os profissionais que redigem com atenção à norma ortográfica vigente. A expressão “boas-festas” é um caso clássico. Quando usada como cumprimento nas festas de Natal, deve sim fazer o uso de hífen.
Vale destacar que usar “boas festas”, sem hífen, indica o literal, ou seja, festas literalmente boas (que não são de má qualidade).
Esse é o mesmo critério ortográfico, para ano novo e ano-novo: sem o uso de hífen, é o oposto de ano velho. Numa simples sentença: “Está chegando um ano novo (um ano literalmente novo).”
O dia primeiro de janeiro (ou dia um, como se diz em Portugal) é grafado com as iniciais minúsculas: ano-novo (ou ano-bom). No próprio dicionário Aulete, vê-se a referência ao dia 1o de janeiro. No Houaiss, também, mas “meia-noite do dia 31 de dezembro”.
Além disso, como fica a festividade? Réveillon ou Ano-Novo? Na base XIX do Novo Acordo Ortográfico, há algumas indicações para o uso da letra maiúscula. Destaco uma: nos nomes de festas e festividades. Os exemplos, no documento, são Natal, Páscoa, Ramadão e Todos os Santos.
Daí, infere-se que Ano-Novo, ao representar a festividade, deve fazer o uso da inicial maiúscula. Prefira essa grafia ao galicismo Réveillon.
Nos cartões a serem redigidos, esse cuidado fará toda a diferença. Já nos textos falados, é importante estar preparado para homenagens gentis, com objetividade, clareza, sem deslizes gramaticais.
Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!
DIOGO ARRAIS
http://www.ETIMO.com.br
YouTube: MesmaLíngua
Professor de Língua Portuguesa