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Empreendedoras ensinam liderança nas redes sociais

Empresas lideradas por mulheres trazem uma nova visão de mundo para o mercado

Os homens com cabeça do século 20, que durante gerações afirmaram que o lugar da mulher era no fogão, precisam mudar de mentalidade.  (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 19h10.

São Paulo - Uma revolução pacífica feita pelas mulheres , utilizando as redes sociais para humanizar as relações, nos ensina que outro mundo dos negócios é possível. As empreendedoras brasileiras exercitam a liderança feminina.

Confira o blog coletivo Empreendedorismo Rosa , que reúne brasileiras interessadas em esclarecer dúvidas e divulgar histórias da mulher do século 21. O blog parte da constatação de que 52% das firmas que são abertas no Brasil têm a mulher à frente — são 7,7 milhões de empreendedoras interessadas em debater negócios.

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Depois, vá ao Beco com Saída, blog sobre gestão de negócios da mineira Vivianne Vilela, "apaixonada por gente que bota pra fazer".

As mulheres trazem para o mundo das empresas uma nova visão. Há três anos, entrevistei no interior do Piauí dona Francisca das Chagas, que tinha no rosto as marcas do sol e as mãos calejadas do trabalho duro.

Com sábias palavras, ela contou que educou dez filhos, 28 netos e dois bisnetos com sua criação de cabras e "uma educação de valores". A diretora de uma escola tradicional paulistana me contou que perde muitos alunos porque os pais desejam que eles sejam tratados como clientes. "Eles são alunos e eu não abrirei mão dos meus valores como educadora", diz a diretora.

A adolescente catarinense Isadora Faber, de 13 anos, criadora do famoso Diário de Classe, uma página no Facebook que desnuda a escola pública brasileira, foi incluída na lista dos 25 brasileiros que devem ser observados pelo jornal inglês Financial Times em reportagem de fevereiro deste ano.

Quando solta sua voz no palco do evento chamado Papo de Universitário, Isadora se transforma em uma verdadeira Joana D’Arc dos tempos atuais. Inspira a todos para a batalha dos honestos. Sua mãe não aparece nas fotos, mas é a tutora e segura os quase dez processos que são levados contra sua família pelo simples fato de que sua filha diz a verdade em uma época de grandes mentiras.

Os homens com cabeça do século 20, que durante gerações afirmaram que o lugar da mulher era no fogão, precisam mudar de mentalidade.

Devem ter a humildade de tirar os véus do preconceito e aprender com as Isadoras e Viviannes, empreendedoras e educadoras, o verdadeiro significado da liderança aberta e em rede, o conceito de multitarefa, ouvir mais e falar menos, dar um novo significado para o trabalho e humanizar as relações empresariais.

Gil Giardelli escreve sobre inovação digital e é professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School e presidente da Gaia Creative.

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