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As dúvidas que mais deixam recém-formados de cabelo em pé

Sair com um diploma da faculdade é uma conquista para a maioria dos profissionais, mas os desafios e questionamentos sobre o que fazer depois preocupam

Futuro: sair com um diploma da faculdade é uma conquista, mas as dúvidas sobre o que fazer depois ainda preocupam (Thinkstock)
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Clara Cerioni

Publicado em 14 de julho de 2016 às 14h22.

São Paulo - Uma das preocupações mais comuns para quem está saindo da faculdade em busca do sucesso profissional está relacionada à incerteza sobre a trajetória a seguir dali em diante.

Questionar se é mais vantajoso fazer uma pós-graduação, mestrado ou tentar primeiro se inserir no mercado de trabalho é recorrente na cabeça dos recém-formados.

O caminho, dizRafael Souto, CEO da Produtive Carreira e Conexões com o Mercado,deve começar, obrigatoriamente, por um só questionamento. "É preciso antes de tomar qualquer atitude fazer uma única pergunta: quem é o profissional que eu quero ser?", dizSouto.

"É importante que o jovem saiba aonde quer chegar, sem isso as chances de termos profissionais frustrados são muito grandes. Algumas carreiras já são, por si só, mais voltadas à academia e exigem uma dedicação ao mestrado, doutorado e pós-doutorado. Mas a maioria pede, muito mais do que diplomas, uma experiência profissional”, diz o especialista.

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A recomendação é que o recém-formado se familiarize com sua área de atuação por, no mínimo, um ano e depois direcione seus estudos para uma especialidade.

"A experiência prática é o mais importante para qualquer recém formado. Em uma entrevista de emprego , aqueles que já trabalharam terão muitas vantagens. Além disso, trabalhar por, no mínimo, dois anos depois de formado mostra ao profissional os gaps da profissão. Assim, é possível investir nas oportunidades em que há mais oferta", diz o consultor em gestão de pessoas, Eduardo Ferraz.

Síndrome do colecionador de diplomas

Um outro cuidado que todo profissional deve ter durante sua carreira é não cair na armadilha de ser um colecionador de diplomas. A característica é típica em jovens que saíram há poucos anos da faculdade, mas já acumulam diversos títulos no currículo.

"Ser qualificado é um dos maiores diferenciais de um colaborador, mas o equilíbrio e a clareza devem fazer parte da carreira. O grande problema dos superqualificados é a expectativa criada em cima do salário inicial. Acredita-se ainda que o currículo eleva a remuneração, mas na verdade, as competências que você adquiriu em todos os seus cursos é que irão te ajudar a subir de cargo com muito mais facilidade do que os outros", explica Souto.

O peso da qualificação acadêmica nas grandes empresas

É senso comum relacionar carreira acadêmica a extensão de mestrado e doutorado e carreira coorporativa a pós-graduação e MBA.

Acontece que nos últimos anos essa realidade tem mudado. Souto explica que as empresas estão valorizando mais os mestres e doutores porque estão presenciando a pulverização de cursos de pós-graduação e MBA. O mercado entende que quem consegue entrar, fazer e terminar um mestrado é qualificado.

Ferraz, no entanto, alerta que mesmo com essa valorização, nada consegue superar o peso da experiência prática. "Entre um candidato só com mestrado e um com experiência, as empresas optam pelo segundo; mas entre um com pós e um com mestrado, a vaga fica com o mestre", diz.

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