Carreira

A pergunta que o presidente da IBM sempre faz na entrevista

Quer trabalhar na IBM? Confira o que Rodrigo Kede, presidente da empresa no Brasil, sempre pergunta aos candidatos, independente do nível da posição em aberto


	IBM: Rodrigo Kede gosta de contratar pessoas  que gostem de aprender e que estejam abertas a receber feedback
 (foto/Getty Images)

IBM: Rodrigo Kede gosta de contratar pessoas  que gostem de aprender e que estejam abertas a receber feedback (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 08h55.

São Paulo – Rodrigo Kede, o mais jovem executivo a assumir a cadeira de presidente da IBM no Brasil, costuma dizer que tem um “quê” de geração Y. Aos 40 anos, ele se identifica com a inquietude que define os jovens de hoje. “Estou sempre procurando coisas novas e aprendizado”, disse ontem em mais uma edição do Na Prática, bate papo online organizado pela Fundação Estudar.

Para ele, foram os desafios propostos e as mudanças na trajetória que o motivaram a seguir carreira na IBM. E lá se vão 20 anos, entre a entrada como estagiário da empresa e a chegada ao posto mais alto da IBM no Brasil.

Ao longo deste tempo, um dos seus lemas de carreira foi e continua sendo nunca se acomodar. “Crescimento e conforto não coexistem, você tem que sempre estar fora da sua zona de conforto para estar crescendo e progredindo”, diz Kede.

Ele diz que, por isso, uma frase de Walt Disney sempre o norteou: “gosto do impossível porque lá tem menos concorrência”.

Por aí já dá para ter uma ideia do que ele valoriza no perfil de quem quer trabalhar na IBM. “Gosto de pessoas que estejam a fim de aprender, conhecer outras coisas e que estejam abertas a aceitar feedback”, diz.

Ele também afirma que não contrata gente que está de mal com a vida e defende a diversidade das equipes. “Um negócio, para ser bem-sucedido, precisa disso”, explica.

Mas uma pergunta é crucial no processo de avaliação de um candidato, independente do nível da posição em aberto: “O que você se vê fazendo nos próximos 5, 10 anos e no fim da carreira?”.

“É uma pergunta simples, mas é profunda e mostra muito do DNA da pessoa”, justifica. E ele já alerta: responder que se vê como presidente da IBM não é bem a resposta que ele quer ouvir. “Não gosto disso porque é uma consequência, não um fim”, diz.

Por outro lado, candidatos que demonstram vontade de transformar e liderar pessoas e de estarem envolvidos em algo que cause impacto na sociedade são os que se destacam mais aos olhos do jovem presidente. Mas o desejo precisa ser genuíno, afinal, respostas prontas e vazias não costumam fazer o menor sucesso na entrevista de emprego.

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