Carreira

8 características dos concurseiros de sucesso

Veja o que grande parte dos aprovados em concursos públicos costuma fazer durante o tempo de preparação para a prova


	Pulo de felicidade: alguns fatores encurtam e facilitam o caminho até a tão sonhada aprovação
 (Dreamstime)

Pulo de felicidade: alguns fatores encurtam e facilitam o caminho até a tão sonhada aprovação (Dreamstime)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 20 de março de 2014 às 06h00.

São Paulo - Deixar para trás milhares de concorrentes é a primeira vitória rumo à aprovação em um concurso público. Com tanta gente em busca dos bons salários e da estabilidade da carreira pública, a disputa é sempre acirrada.

Para se ter uma ideia, em carreiras jurídicas, por exemplo, o índice de acertos dos aprovados beira os 80%. “Na magistratura estadual é de 81% e no Ministério Público estadual é de 79%”, diz Francisco Fontenelle, diretor pedagógico do Grupo LFG.

Mas como chegar lá? Segundo especialistas, não é preciso ser um gênio para conseguir. No entanto, alguns aspectos são mais comuns ao perfil do concurseiro que é bem-sucedido.

Não se trata de regra máxima. Segundo Paulo Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso, é possível fazer ajustes para suprir deficiências em um ou outro aspecto.

“A beleza do concurso público é essa de que uma coisa pode ser compensada pela outra”, diz. O tempo exíguo de estudo diário é compensado por um período maior de preparação, por exemplo.

E, mesmo que cada caso mereça ser avaliado separadamente, veja o que os aprovados, em geral, têm em comum durante o tempo de preparação:

1 Objetivos bem traçados

De acordo com Paulo Estrella, traçar um objetivo, escolhendo um concurso adequado ao seu perfil é o primeiro ponto.

E isso se faz pesquisando sobre a carreira e as disciplinas cobradas em edital. “O ideal é que a escolha seja feita de acordo com a aptidão do concurseiro”, diz Fontenele.

O foco nas disciplinas do concurso escolhido é fundamental nesse processo. Não dá para querer abraçar o mundo, como fazem os candidatos “paraquedistas”. “ Este tipo, que vai tentar a sorte e quer fazer todos os concursos tem chance mínima de sucesso”.

2 Perseverança

“A diferença entre o concurseiro que se dá bem e o que não consegue a aprovação é que o segundo desiste, perde o objetivo, o foco e a perseverança”, diz Estrella.

E a dose de perseverança deve ser alta. “As dificuldades são muitas, as matérias não favorecem”, diz o diretor da Academia do Concurso.

3 Estudo antes da publicação do edital

O tempo de preparação é longo. A média, diz Fontenelle, é de 2 a 3 anos, para concursos mais disputados. Por isso, perde quem espera o edital sair para começar a estudar e ganha que se adianta.

4 Apoio na preparação

Material de estudos, cursos, editais e provas anteriores. Esta é a rede de apoio que pode encurtar o caminho na aprovação.Isso não significa que apenas que. faz curso preparatório passa. Há, sim, casos de autodidatas, embora mais raros.

“Concurso público é uma competição pelo esforço individual. Se o candidato não tem como fazer um curso preparatório ele vai ter que compensar com mais esforço, correr por conta própria, o que é possível também. Por isso a perseverança é tão importante”, diz Estrella.

5 Percepção do perfil da banca examinadora

Fundação Carlos Chagas, Cesgranrio, Cespe, FGV, Vunesp e Esaf são algumas das principais bancas examinadoras de concursos públicos. Cada uma tem seu estilo de prova.

Enquanto uma banca prefere enunciados longos e questões multidisciplinares, como é o caso do Cespe, outra aposta em perguntas bem objetivas, estilo da Fundação Carlos Chagas, por exemplo.

“Entender o estilo não é fazer um estudo aprofundado, é resolver questões”, diz Estrella. Assim, o candidato verifica os temas mais frequentes e entende no que deve reforçar os estudos.


6 Resolução de simulados e exercícios

Praticar é a receita de sucesso, segundo Fontenele. Além de sedimentar os conhecimentos, ajuda na administração do tempo de resolução da prova.

“Quem se autoaplica testes, reforça os estudos e entra em contato com suas deficiências. Assim a probabilidade de retenção do conhecimento é maior”, diz Fontenele.

7 Organização

Traçar um plano que coloque os estudos na rotina do concurseiro é também muito importante. “Sem organização, a pessoa vai precisar de mais estudo e não vai obter os resultados esperados”, diz Estrella.

Manter o hábito diário, selecionar disciplinas que serão estudadas a cada dia e separar as horas de ler a teoria e de aplicar os conhecimentos nos exercícios são alguns dos aspectos que devem ser levados em conta.

8 Local de estudos

Um ambiente adequado para estudar poupa o concurseiro de distrações e ajuda aproveitar melhor o tempo de dedicação, segundo Fontenele.

No entanto, é preciso levar em conta o seu estilo. Há pessoas que se concentram ouvindo música, há aqueles que precisam de silêncio total.

“Conheço gente que passou em concurso, estudando no meio da bagunça. É claro que é melhor ter ambiente propício, mas depende da característica e da predisposição do candidato”, diz Estrella. 

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