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6 princípios de ioga que podem equilibrar a sua carreira

Atenção ao presente, cultivo da vida interior e outras lições da filosofia asiática podem ser aplicados na rotina de trabalho

Pessoas praticam ioga: alguns ensinamentos da filosofia indiana podem ser aplicados no trabalho (lululemon athletica/Wikimedia Commons)

Claudia Gasparini

Publicado em 19 de julho de 2014 às 06h00.

São Paulo - A rotina de muitos profissionais é marcada por conflitos, excesso de obrigações e falta de tempo. Para alguns, certos ensinamentos da ioga podem ajudar a aliviar esses problemas. Seguindo os conselhos básicos da filosofia, pode ficar mais fácil obter paz interior e fazer melhores escolhas na carreira .

É o que defende o economista Gustavo Dauster, que adotou o nome espiritual de Giridhari Das e estuda a disciplina há 17 anos.

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Segundo ele, a ioga ensina que o sucesso e a felicidade estão ligados ao foco no momento presente e ao cuidado com a vida interior. “Quem não estiver bem alinhado consigo mesmo dificilmente será um bom profissional”, afirma Giridhari.

Ele explica que a base da prática da ioga é o que se chama de “dharma”. Em sânscrito, a palavra quer dizer “viver uma vida centrada em cumprir seu dever”.

Giridhari afirma que, no contexto do trabalho, pode-se entender esse dever como a vocação profissional. “Honrando esse compromisso, você otimiza seu potencial produtivo e consegue viver uma vida plena” diz o iogue.

Com a ajuda de Giridhari, EXAME.com listou os deveres do indivíduo ditados pela ioga que podem ser aplicados ao comportamento profissional:

1. Deveres psicofísicos
Segundo os princípios da ioga, o indivíduo precisa respeitar sua própria natureza para ser feliz. No âmbito da carreira, isso significa buscar um trabalho ligado à sua vocação.

Quem busca uma profissão apenas por dinheiro, prestígio ou status sofrerá dia após dia ao se ver forçado a permanecer numa posição antinatural, afirma Giridhari.

"Por isso, é importante estar numa carreira ou negócio que lhe permita exercitar o seu dom, a sua natureza, aquilo que define quem você é de fato”, aconselha o iogue.

2. Deveres naturais
A natureza de uma pessoa inclui também suas necessidades físicas. “O segundo dever ditado pela ioga é buscar adequadamente comer, dormir, trabalhar e se divertir”, explica Giridhari.

Na opinião do especialista, o desequilíbrio dessas funções anda epidêmico atualmente - e as consequências são nefastas. A falta de sono, por exemplo, prejudica a produtividade, a criatividade e o desempenho profissional em geral.

“Este é o simples dever de cuidar bem do corpo, com exercícios regulares, pausas para descontrair, e alimentação saudável, como a vegana”, diz o especialista.

3. Deveres ocupacionais
A filosofia da ioga frisa a importância de se fazer um trabalho bem feito, não para agradar aos superiores, mas para se satisfazer internamente com um dever cumprido.

“Se não fizermos bem nosso trabalho, que é aquilo que ocupa a maior parte do nosso dia, como ficará nossa autoestima e nossa consciência?”, afirma Giridhari. Segundo ele, a maioria dos profissionais bem-sucedidos invariavelmente ama o que faz - e isso não é à toa.

4. Deveres pessoais
A ioga recomenda não descuidar dos relacionamentos pessoais durante a vida. Embora o trabalho tenha uma função central na rotina, ele não deve ser a razão de viver do indivíduo.

O mais periogoso, de acordo com Giridhari, é se a preocupação com a carreira asfixiar a vida familiar, especialmente a função de pai e mãe.

“Nenhuma conquista profissional compensará a falta de laços amorosos ou a oportunidade única e irrecuperável de assistir ao crescimento dos filhos”, opina o iogue.

5. Deveres civis
Além da preocupação com a carreira e com a vida familiar, o indivíduo precisa pensar no seu papel para a sociedade em geral.

Vale fazer perguntas como “estou fazendo algo para melhorar o mundo?” ou “minhas ações causam algum impacto social, psicológico ou ecológico?”.

Giridhari explica que cada um precisa ter consciência de que faz algo de bom para os outros. “Se todos conseguirem descobrir como estão colaborando para a coletividade, isso certamente trará mais sentido e entusiasmo para o trabalho”, afirma.

6. Deveres universais e transcendentais
Segundo os princípios da filosofia asiática, é importante valorizar o seu verdadeiro eu. Daí a importância da meditação e do cultivo da espiritualidade para os iogues.

“Independentemente das crenças individuais de cada um, é fundamental buscar um contato com a sua vida interior para encontrar felicidade, resiliência e serenidade no trabalho”, diz Giridhari.

O especialista ainda recomenda fazer exercícios de respiração, além da meditação, para obter mais foco e clareza mental.

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