Carreira

5 lições da campanha eleitoral para quem busca emprego

Confira o que você pode aprender com os políticos durante a maratona da campanha eleitoral

EXAME.com (EXAME.com)

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Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 11h22.

São Paulo – Imagine uma entrevista de emprego em que você tenha que convencer grande parte da população de uma cidade de que é o candidato certo para aquela vaga.

Por um processo seletivo desse porte passam os políticos que tentam uma cadeira no Executivo ou no Legislativo. Para garantir a vitória nas urnas, são necessárias as mais diversas estratégias.

Algumas delas também são úteis para quem busca uma nova oportunidade de emprego. Confira 5 lições que campanha eleitoral pode trazer para sua carreira:

1 Foco em resultados

Mostrar o que já fez na trajetória política é uma das estratégias fundamentais de qualquer político que pleiteie um cargo público.
Basta assistir à propaganda eleitoral para perceber que candidatos tentam se legitimar mostrando o que já conquistaram na carreira política.

Lição: Na carreira profissional não é diferente. Para mostrar que é a pessoa ideal para aquela função é preciso demonstrar que tem habilidades para assumir o cargo.

“Para ser escolhida para determinada função em uma empresa, a pessoa precisa ter seu perfil de competência alinhado com o que é exigido para o cargo”, diz Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

A dica, durante uma entrevista de emprego é ter na ponta da língua suas experiências de sucesso na carreira.


2 Planos para o futuro

Uma trajetória política brilhante ajuda, mas não é o suficiente. Durante a campanha eleitoral os candidatos são constantemente cobrados sobre planos e objetivos para o futuro.

Sai na frente quem apresentar as propostas mais concretas. Promessas mirabolantes ou muito vagas dificilmente serão cumpridas.
“Muitas vezes os políticos usam o chutômetro, falam coisas que não sabem como vão cumprir e o eleitor percebe”, diz Cavicchioli

Lição: Quanto mais concretos forem os seus objetivos futuros para a empresa na qual deseja trabalhar mais chances de cativar o recrutador.

Quando se apresenta um plano para uma empresa, é preciso saber exatamente o que vai ser feito, quando será feito, custos, entre outras coisas, lembra o especialista. “Lembre-se: o ‘impeachment’ no mundo corporativo é muito mais ágil”, diz o professor.

3 Aposta na inovação

Soluções novas para resolver velhos problemas. Inovação é um diferencial que dá resultado nas urnas, de acordo com o Cavicchioli. “Quando o público vê essa inovação de forma viável, aprova”, diz.

Lição: “A mesma coisa acontece dentro das empresas”, diz Cavicchioli. Criatividade e inovação são habilidades valorizadas justamente porque são raras dentro das empresas. A dica é “pensar fora da caixa”, mas sempre atento à viabilidade das novas ideias.

4  Comprometimento com o cargo

Políticos que concorrem a um cargo público vislumbrando atingir outro que traga mais poder podem acabar se queimando com o seu eleitorado.“O eleitor percebe e não aprova quando o candidato concorre a um cargo para usá-lo como trampolim”, diz o professor.


Lição: Apesar de um pouco de ambição contar pontos a favor de um candidato a uma oportunidade profissional, uma das frases proibidas em qualquer entrevista de emprego, segundo especialistas consultados por EXAME.com é: “em cinco anos, quero estar no seu cargo”.

5 Trabalho em equipe e administração de conflitos

Fazer alianças é um ponto fundamental para qualquer político em campanha. E para conseguir estabelecer as uniões necessárias é também preciso saber negociar gerenciar os conflitos de interesses que eventualmente surgem.

Lição: “Assim como na política, na carreira profissional é preciso ser um bom administrador de conflitos”, diz Cavicchioli. Suportar, gerenciar e superar conflitos nas equipes com capacidade de negociação são habilidades em falta no mercado mundial, segundo um levantamento em mais de 30 países elaborado Hays.

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