5 dicas que a série Emily em Paris ensina para sua vida
Assistir ao novo seriado, sem dar atenção aos clichês, pode trazer alguns insights vantajosos para sua carreira. Veja o que a RP Emily Copper tem a ensinar
Daniel Salles
Publicado em 6 de outubro de 2020 às 12h37.
Última atualização em 6 de outubro de 2020 às 14h44.
A série Emily em Paris , estrelada por Lily Collins, foi sucesso de estreia, ficando no topo das mais vistas no Netflix em todo o mundo. Afinal, por que uma série com perfume teen e com todos os clichês das indústrias da publicidade e da moda ainda faz sucesso? Simples. Emily carrega na sua bolsa Chanel os sonhos de qualquer mulher moderna, que tem o plano de atingir sua independência com inteligência, leveza e umas doses de glamour e luxo. Emily mostra que foi estratégica diante de cada conquista profissional que tem. Fica claro que ela sabe aproveitar cada oportunidade. A jovem fashionista, que é filha de professora de matemática, é mestre em Ciência da Comunicação, expert em mídias digitais e sabe analisar comportamento de consumidor.
Vale ressaltar que a romantização da área publicitária e da moda está presente em cada instante da série. Mas o que vale aqui é a perspectiva que se pode ter com os aprendizados de carreira que existem nas entrelinhas de um deboche aos moldes francês e um fanatismo por trabalho ao jeito americano de ser.
Pensando como em cada take Emily nos ensina sobre carreira, reunimos os principais aprendizados que podemos tirar com a nova publicitária fashionista do pedaço. Tenha um bloco de nota à mão e escreva cada insight que este texto lhe trouxer. Vale a pena, acredite. Depois, é só compreender o que você pode melhorar para quando aquela oportunidade bacana surgir.
1. RECONHECER O VALOR DA CULTURA DE UM OUTRO PAÍS
Emily foi um pouco ingênua ao achar que tudo estaria ao seu favor ao mudar de cidade. E como ela mesma disse: foi uma “ignorante prepontente” ao acreditar que ir trabalhar em Paris sem saber nada de francês seria easy-peasy. Na verdade, ela pode até conseguir se comunicar com ajuda de algumas ferramentas, mas ela não estava compreendendo a importância do que é falar o francês na… França! Não é sobre se virar, é sobre não subestimar a cultura de um outro país, compreender o valor que tudo isso tem para um grupo. Por isso, primeira regra: estude tudo que puder sobre o país e o povo que deseja se relacionar no futuro. Se a sua vaga dos sonhos, por exemplo, está numa empresa Australiana, é fato que você, além do inglês, deve entender o que for possível deste país – de modos às regras. Prepare-se para as oportunidades, não deixe para pensar sobre isso quando uma vaga bater à sua porta.
2. NÃO TENHA MEDO DE FAZER NETWORKING
Se tem uma coisa que a jovem sonhadora sabe fazer bem é “contato”. Ela não tem medo de se aproximar das pessoas, mesmo sem saber que elas, um dia, serão úteis em sua vida. Emily gosta do que faz, que é ser uma Relações Públicas. A profissional sabe que o core da sua profissão é comunicação + relacionamento + estratégia. É nítido o quanto ela aplica com louvor cada uma de suas habilidades. Ah, e tem mais uma questão: Emily acorda todos os dias disposta a fazer a diferença. Ela coloca amor em TUDO que faz. Quando paixão e talento dão match é impossível não resultar em sucesso. Clichê, mas verdadeiro, não?
3. COMPREENDA OS RISCOS QUE TODA ESCOLHA PODE TRAZER
Não tem coisa melhor do que trabalhar com pessoas que querem “fazer acontecer”. Mas, em cargos sêniores, o faro para possíveis problemas deve estar sempre ativado. Tudo porque quem trabalha com comunicação e imagem de uma empresa, como é a função de um Relações Públicas, tem que presumir todos os riscos de uma ação, um evento e/ou uma campanha. Emily foi muito sagaz ao sinalizar o cliente sobre as possíveis devolutivas negativas diante do tom sexista do filme publicitário de perfume. Mas ela ignorou o que a presença de dois jovens artistas, reconhecidos por causarem polêmicas, poderia ocasionar em um evento beneficente. A função de relações públicas exige um olhar redobrado para tudo em um evento, pois cada erro é um flash.
4. SAIBA COM QUEM ESTÁ TRABALHANDO
Definitivamente: não é todo mundo que deseja o bem ou se importa como o outro se sente no ambiente de trabalho. Antes de falar tudo o que pensa e abrir sobre sonhos e inseguranças, saiba quem são as pessoas que estão ao se redor. Emily foi ingênua a achar que a equipe francesa seria acolhedora e solícita com tudo que ela tinha para dizer e ser. Primeiro, ela teve que mostrar a que veio e, depois, foi conquistando a confiança de cada um. É interessante olhar a jornada da profissional na série. Ela vai compreendendo o seu espaço e o seu limite. Portanto, anote: seja observador, sempre. É importante reconhecer o cenário onde está atuando. E, principalmente, saber quem são os atores da cena de trabalho. Não é todo mundo que quer saber o que você pensa ou sente.
5. CONFIE NO SEU TALENTO E NA SUA INTUIÇÃO – E TENHA UMA DOSE DE OTIMISMO
É comum bater a síndrome da impostor (não é o caso da Emily) quando se está prestes a conquistar algo ou estamos em um cargo importante. Por muitas vezes, é comum dar ouvidos à “voz censora” que existe de pano de fundo do que à voz de comando da “segurança”. Com isso, é muito comum que um ótimo trabalho deixe de acontecer pelo simples fato de ter optado por ter medo. Emily tem a consciência de que sabe fazer um bom trabalho. E ela aposta diariamente todas as fichas nessa percepção de valor. Sem contar que a fashionista deixa o seu positivismo conduzir as suas intuições. Emily sempre olha para o copo cheio e escolhe com otimismo cada novo passo que vai dar. Ela muda a frequência da energia do lugar, fazendo com que tudo seja mais possível e com certeza mais leve. E não é que dá certo?