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5 crises de carreira que atrapalham mulheres bem-sucedidas

Confira os aspectos que atrapalham a continuidade da carreira das executivas que chegam ao topo e as dicas para reverter o cenário negativo

Muitas mulheres acabam perdendo a autenticidade na tentativa de criar um clima mais confortável entre seus colegas homens. (Stock Exchange)

Camila Pati

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 05h00.

São Paulo - O topo da carreira é solitário. Pelo menos para as mulheres , diz Renata Dinkelmann, diretora da Egon Zehnder. “Em cargos superiores a cultura ainda é dominada pelos homens”, diz Renata.

E essa experiência de solidão é assustadora ao ponto de colaborar para a evasão de cérebros femininos do alto escalão das empresas.

De acordo com Renata, estudos indicam cinco aspectos que atrapalham a continuidade da carreira de sucesso das mulheres bem como a sua felicidade no trabalho:

1Networking fraco

A dupla jornada que muitas mulheres enfrentam é um fator limitante para o investimento na rede de contatos.

“Para as mulheres há uma cobrança interna maior. Ela fica na dúvida entre sair para jantar com os colegas de trabalho ou jantar com seus filhos em casa, por exemplo”, diz Renata.

E, depois de encarar um expediente longo, as executivas, em geral, preferem ir para casa, onde esperam seus filhos, marido. Além disso, apesar dos inegáveis avanços culturais, grande parte das tarefas domésticas ainda é prioritariamente responsabilidade delas.

Com tudo isso em mente, é mais raro encontrar tempo para happy hours com os colegas de trabalho, ou para eventos e reuniões informais fora do horário de trabalho.

E, se regra geral do networking é “quem não é visto não é lembrado”, os homens acabam saindo na frente, já que são menos vítimas desta cobrança interna ou externa por mais tempo em casa.

Dica: planejar e balancear a agenda de modo a deixar um espaço para investir no networking sem que isso signifique prejuízo para as relações familiares.

2Contar com um único mentor

Leais a quem as ajuda, as mulheres têm propensão a manter um único mentor profissional, geralmente encarnado na figura do chefe.

Não é diferente do que acontece pelos corredores das escolas: enquanto as meninas geralmente gravitam em torno de uma única amizade ( a melhor amiga) os meninos crescem em turmas e times, destaca a diretora da Egon Zehnder.

O homem navega melhor pelo ambiente profissional, faz mais alianças, enquanto a mulher é mais leal ao seu único mentor.

Dica: No livro “Faça Acontecer”, a COO do Facebook, Sheryl Sandberg dá o recado: a relação com um único mentor pode ser simplista. Muito melhor, diz ela, é pedir conselhos pontuais a profissionais de todos os níveis (de júnior a sênior) para resolver questões específicas.


3Pouca credibilidade

O endurecimento das reações e a intransigência das manifestações são mecanismos de defesa usados por mulheres em altos cargos executivos. Outras, para evitarem erros preferem seguir carreira de especialista ao invés de disputar os cargos de gestão.

“Ao chegar ao topo a mulher se impõe, para poder se sobressair ela tem que ser a mais eficiente, mais dura, mais assertiva e se posicionar de forma mais objetiva”, diz Renata. Mas este tipo de reação não traz a almejada credibilidade que a cadeira de líder requer.

O aspecto político geralmente presente nos homens é mais efetivo neste sentido. “Mesmo que ele não seja o melhor, seja apenas bom, ele continua crescendo”, diz Renata.

Dica: a credibilidade é uma consequência de um trabalho bem feito e de uma reputação profissional bem cuidada.

4Falta de autenticidade

Líderes autênticos são marcantes. Mas,  muitas mulheres acabam perdendo a autenticidade na tentativa de criar um clima mais confortável entre seus colegas homens.

“Muitas mulheres criam uma máscara, mas em longo prazo começam a se questionar se valeu a pena”, diz Renata. Este comportamento adquirido é estimulado pela insegurança, mas a nova maneira de agir pode prejudicar sua imagem profissional.

Dica: preste atenção para não demonstrar ser o que não é. A sinceridade no modo de agir é sempre o melhor caminho.

5Solidão

Sensação de ser um “peixe fora d´’água”. Entre colegas homens, a mulher se sente sozinha. A falta de autenticidade na maneira de se comportar só vem a reforçar o sentimento de solidão dentro do grupo.

Dica: ter consciência de experimentar este sentimento de solidão é o primeiro passo para reverter o quadro, de acordo com Renata.

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São Paulo - O topo da carreira é solitário. Pelo menos para as mulheres , diz Renata Dinkelmann, diretora da Egon Zehnder. “Em cargos superiores a cultura ainda é dominada pelos homens”, diz Renata.

E essa experiência de solidão é assustadora ao ponto de colaborar para a evasão de cérebros femininos do alto escalão das empresas.

De acordo com Renata, estudos indicam cinco aspectos que atrapalham a continuidade da carreira de sucesso das mulheres bem como a sua felicidade no trabalho:

1Networking fraco

A dupla jornada que muitas mulheres enfrentam é um fator limitante para o investimento na rede de contatos.

“Para as mulheres há uma cobrança interna maior. Ela fica na dúvida entre sair para jantar com os colegas de trabalho ou jantar com seus filhos em casa, por exemplo”, diz Renata.

E, depois de encarar um expediente longo, as executivas, em geral, preferem ir para casa, onde esperam seus filhos, marido. Além disso, apesar dos inegáveis avanços culturais, grande parte das tarefas domésticas ainda é prioritariamente responsabilidade delas.

Com tudo isso em mente, é mais raro encontrar tempo para happy hours com os colegas de trabalho, ou para eventos e reuniões informais fora do horário de trabalho.

E, se regra geral do networking é “quem não é visto não é lembrado”, os homens acabam saindo na frente, já que são menos vítimas desta cobrança interna ou externa por mais tempo em casa.

Dica: planejar e balancear a agenda de modo a deixar um espaço para investir no networking sem que isso signifique prejuízo para as relações familiares.

2Contar com um único mentor

Leais a quem as ajuda, as mulheres têm propensão a manter um único mentor profissional, geralmente encarnado na figura do chefe.

Não é diferente do que acontece pelos corredores das escolas: enquanto as meninas geralmente gravitam em torno de uma única amizade ( a melhor amiga) os meninos crescem em turmas e times, destaca a diretora da Egon Zehnder.

O homem navega melhor pelo ambiente profissional, faz mais alianças, enquanto a mulher é mais leal ao seu único mentor.

Dica: No livro “Faça Acontecer”, a COO do Facebook, Sheryl Sandberg dá o recado: a relação com um único mentor pode ser simplista. Muito melhor, diz ela, é pedir conselhos pontuais a profissionais de todos os níveis (de júnior a sênior) para resolver questões específicas.


3Pouca credibilidade

O endurecimento das reações e a intransigência das manifestações são mecanismos de defesa usados por mulheres em altos cargos executivos. Outras, para evitarem erros preferem seguir carreira de especialista ao invés de disputar os cargos de gestão.

“Ao chegar ao topo a mulher se impõe, para poder se sobressair ela tem que ser a mais eficiente, mais dura, mais assertiva e se posicionar de forma mais objetiva”, diz Renata. Mas este tipo de reação não traz a almejada credibilidade que a cadeira de líder requer.

O aspecto político geralmente presente nos homens é mais efetivo neste sentido. “Mesmo que ele não seja o melhor, seja apenas bom, ele continua crescendo”, diz Renata.

Dica: a credibilidade é uma consequência de um trabalho bem feito e de uma reputação profissional bem cuidada.

4Falta de autenticidade

Líderes autênticos são marcantes. Mas,  muitas mulheres acabam perdendo a autenticidade na tentativa de criar um clima mais confortável entre seus colegas homens.

“Muitas mulheres criam uma máscara, mas em longo prazo começam a se questionar se valeu a pena”, diz Renata. Este comportamento adquirido é estimulado pela insegurança, mas a nova maneira de agir pode prejudicar sua imagem profissional.

Dica: preste atenção para não demonstrar ser o que não é. A sinceridade no modo de agir é sempre o melhor caminho.

5Solidão

Sensação de ser um “peixe fora d´’água”. Entre colegas homens, a mulher se sente sozinha. A falta de autenticidade na maneira de se comportar só vem a reforçar o sentimento de solidão dentro do grupo.

Dica: ter consciência de experimentar este sentimento de solidão é o primeiro passo para reverter o quadro, de acordo com Renata.

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