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150 mil vagas de emprego sobrando: veja qual setor busca profissionais e como se especializar

Agronegócio deve gerar 178 mil novas vagas de emprego até 2023, mas só tem cerca de 32 mil profissionais qualificados

Vagas de emprego: agronegócio deve gerar mais de 178 vagas e faltam profissionais qualificados (Ezra Bailey/Getty Images)

Vagas de emprego: agronegócio deve gerar mais de 178 vagas e faltam profissionais qualificados (Ezra Bailey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2022 às 15h00.

Em junho, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,1% da população segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a menor para o mês desde 2015. Ainda assim, são quase 10 milhões de pessoas desempregadas. No entanto, há um setor essencial para a economia brasileira e que está com vagas sobrando: o agronegócio.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Agência Alemã de Cooperação Internacional em parceria com o Senai e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nos próximos dois anos, carreiras ligadas ao agronegócio devem gerar mais de 178 mil vagas de emprego

Mas o levantamento também apontou que a previsão é de que só haja cerca de 32,5 mil profissionais qualificados para essas vagas. Ou seja, há cinco vagas em aberto para cada profissional qualificado hoje, e o mercado precisa de mais especialistas em agronegócio para preencher cerca de 150 mil vagas no setor. Além disso, o salário é de, em média, R$ 12 mil.

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Mas por que tem tanta vaga sobrando no agro?

O principal fator é a digitalização pela qual o agronegócio vem passando nos últimos anos. Se antes era comum imaginar que um trabalhador do agro estaria no campo e no meio das plantações, hoje esse cenário é muito diferente. Praticamente todas essas 150 vagas que devem surgir nos próximos anos são para trabalhar em negócios digitais no setor, ou seja, de dentro de um escritório e sem precisar sair das grandes cidades e se mudar para o campo. 

A digitalização do agronegócio é, na verdade, uma necessidade. Com o crescimento da população mundial, a busca por aumentar a produção de alimentos e manter a sustentabilidade do solo e do meio ambiente tem sido um problema emergente. Na prática, diversas empresas buscam profissionais para pensar soluções inovadoras para resolver essa questão.

É por esse motivo que houve um boom nas chamadas agritechs, startups do agronegócio. No total, já são mais de 1500 empresas, o que representa um crescimento de 40% em relação a 2019. O setor bateu recordes de investimentos nos últimos anos, atingido mais de US$ 40 milhões só de janeiro a março de 2022. Nos Estados Unidos, a cifra já ultrapassa os US$ 5 bilhões.

E a previsão é de que continue assim. Segundo a consultoria Market and Markets, o mercado de agricultura de precisão (que utiliza tecnologia para otimizar a produção) vale hoje R$ 72,2 bilhões, mas deve chegar aos R$ 116,4 bilhões em 2026. E é por isso que tantas vagas estão surgindo e o setor busca profissionais qualificados. 

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Mas, afinal, como se especializar para trabalhar no agronegócio?

Com a digitalização do campo, a maior demanda por profissionais do agronegócio hoje é pelo chamado Agro Digital Manager, que é o responsável pela implementação de projetos digitais em propriedades agrícolas. 

Na prática, esse profissional precisa: identificar e mapear os problemas do campo e coordenar times em busca da solução para necessidades de produtores agrícolas e de todos os stakeholders do agronegócio. A boa notícia é que não é exigida nenhuma formação prévia em áreas correlatas ao agronegócio como agronomia ou veterinária. 

Com o objetivo de ajudar a formar mais profissionais para suprir a demanda do setor, a EXAME preparou a masterclass gratuita Carreira em Digital Agribusiness. Para participar basta se inscrever clicando aqui. Programada para acontecer dia 5/9 às 19h30, a masterclass vai revelar:

  • como a revolução tecnológica do agronegócio brasileiro está fazendo surgir inúmeras possibilidades de fazer carreira em profissões que eram inexistentes até pouco tempo atrás;
  • como planejar uma carreira de sucesso no Digital Agro e ter remuneração que pode passar dos R$ 12 mil por mês;
  • como aproveitar as oportunidades no setor mesmo sem ter um formação em veterinária, agronomia ou outras áreas relacionadas; 
  • qual a melhor forma para fazer a transição de carreira e começar a faturar com o agronegócio brasileiro sem precisar se mudar para o campo. 

A aula será ministrada por Francisco Jardim é sócio-fundador da SP Ventures, uma das gestoras de Venture Capital mais tradicionais do país especializada no agronegócio. Desde 2007, a gestora investe em startups de tecnologia para o agronegócio, as chamadas agritechs.

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Profissões que devem surgir com o agronegócio nos próximos anos

  1. Técnico em agricultura digital
  2. Técnico em agronegócio digital
  3. Engenheiro Agrônomo Digital
  4. Operador de drones
  5. Agricultor urbano
  6. Cientista de dados agrícola
  7. Engenheiro de automação agrícola
  8. Designer de máquinas agrícolas

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