Conheça 6 estratégias que funcionam (Estresse/Thinkstock)
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Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 10h00.
Por Cecilia Ivanisk, fundadora da Learn to Fly.
Você tem acordado com a sensação de que o dia já começou cheio? As notificações pedem atenção, as reuniões consomem energia, as metas no prazo final, a agenda cheia de celebrações de final de ano.
Chegamos em dezembro operando no automático, não por falta de vontade, mas porque tem sido intenso demais. Nosso sistema não está falhando, está apenas sinalizando que precisa de ajuste.
A palavra “estresse” vem da física e descreve o grau de deformação que um material sofre quando é submetido a uma força externa, como um elástico que se estica ou uma viga que sustenta o peso.
Quando essa ideia foi trazida para a biologia, a essência permaneceu: estresse é o esforço que fazemos para lidar com situações que desafiam nosso equilíbrio.
É parte do que nos mantém atentos, capazes de responder ao mundo. O desafio surge quando esse esforço fica desproporcional por tempo demais, deixando o corpo em alerta contínuo.
Pense na última semana. Quantas vezes seu corpo reagiu a uma demanda como se fosse uma ameaça real?
Nosso sistema nervoso simpático não diferencia muito bem um predador de uma cobrança e ativa os mesmos sinais para ambos: coração acelerado, músculos tensos, cortisol em alta.
Quando isso se repete sem pausas, o organismo pede por outro ritmo.
Os pesquisadores Skinner e Zimmer-Gembeck identificaram 12 padrões principais que as pessoas usam para o enfrentamento ao estresse.
Seis são adaptativos e permitem que continuemos funcionando bem no dia a dia. Os outros seis nos mantêm presos no ciclo de exaustão.
A diferença entre eles não está no quanto nos esforçamos para lidar com o estresse, mas se essa tentativa resolve ou perpetua o problema.
Seja sincero: quais dessas estratégias você usa com mais frequência? Elas têm funcionado?
A psicóloga Sonja Lyubomirsky descobriu algo que pode fazer a diferença. Cerca de 50% da nossa propensão a ser feliz e sentir bem-estar é genética.
Outros 10% dependem das circunstâncias externas que não se controlam. Mas e os 40% restantes? Esses dependem somente das nossas atitudes diárias.
Significa que temos mais controle sobre como nos sentimos do que imaginamos, mas também significa uma dose de esforço e comprometimento, só que dessa vez por resultados que fazem diferença de verdade.
Em outras palavras, ser mais feliz e não estar o tempo todo em alerta exige mudanças nas pequenas escolhas do cotidiano.
Então aqui está o convite para 2026: em vez de mais uma lista de resoluções ambiciosas, que tal observar como você está gastando sua energia?
Você está investindo nas estratégias que funcionam ou nas que te mantém no mesmo lugar?