Profissional de saúde recebe vacina contra coronavírus Sinovac (COVID-19) no Hospital das Clínicas de São Paulo, Brasil, em 18 de janeiro de 2021. (Amanda Perobelli/Reuters)
Mariana Martucci
Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 18h54.
Com o início da vacinação em larga escala mundo afora, começam a aparecer alguns problemas. Nada muito grave por enquanto, mas a situação naturalmente merece atenção. Há casos de efeitos colaterais importantes, possíveis achados de reinfecção pelas novas cepas, mais contagiosas, em quem já tinha anticorpos, e dúvidas sobre a efetividade anunciada pelos fabricantes.
É absolutamente esperado que essas circunstâncias deem a cara quando a vacina de fato começa a rodar em grandes populações. Afinal, estamos terminando de montar o avião em pleno voo. Mas vale a pena. Vacinas não precisam ser infalíveis. Precisam reduzir significativamente o número de infectados; e, portanto, de hospitalizados; e, portanto, de falecidos.
É isso que interessa. Pois vacinas são importantes para proteger o indivíduo, e mais fundamentais ainda para proteger populações. E indivíduos tomados isoladamente estão tão mais protegidos quanto mais protegida está a população no seu conjunto. Vacinações são antes de tudo campanhas de saúde pública. Essa é a ideia que nunca deveria ser esquecida.
*Analista político da FSB Comunicação
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