Um palpite sobre o teto de gastos
“Ou a economia volta a operar num bom ritmo, e isso implica abrir mão de lockdowns mais amplos, ou se encontra espaço fiscal para apoiar os mais vulneráveis”
Mariana Martucci
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 18h59.
Parecem convergir as preocupações dos políticos e das autoridades econômicas. O presidente da Câmara dos Deputados pede que o governo encontre rapidamente um caminho para retomar alguma modalidade de auxílio emergencial, mesmo com outro nome ( leia ). Natural.
Mas o presidente do Banco Central foi quem trouxe a novidade. Segundo ele, a queda da atividade decorrente do fim do auxílio emergencial está além do esperado ( leia ). Engenharia de obra feita é relativamente confortável, dirão, mas não era tão difícil assim imaginar que aconteceria.
Inexiste terceira opção. Ou a economia volta a operar num bom ritmo, e isso implica abrir mão de lockdowns mais amplos, ou se encontra espaço fiscal para apoiar os mais vulneráveis, e não só eles. Tem as empresas, os estados, os municípios...
E o teto de gastos, norma constitucional que deveria valer por vinte anos? Já não valeu em 2020, por causa da pandemia. Tampouco vai, pelo jeito, valer este ano. A explicação será a mesma. E o mundo político está em busca de uma solução permanente para situações de calamidade.
Querem um palpite? A próxima exceção serão os investimentos. Só esperar.
* Analista político da FSB Comunicação
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