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Três ações para a diversidade

Corrigir distorções, envelhecer a equipe e flexibilizar regras são algumas das diretrizes que as empresas deverão adotar

Diversidade nas corporações aumenta consideravelmente a performance de um time (monkeybusinessimages/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Publicado em 4 de outubro de 2020 às 11h26.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 13h55.

A diversidade nas corporações deixou de ser algo desejável e virou imprescindível. Não apenas porque ela aumenta consideravelmente a performance de um time, mas também pelo fato de que a sociedade passará a exigir isso com veemência cada vez maior. Eu aposto com você que a próxima foto de equipe que sua empresa postar numa rede social com apenas homens ou apenas pessoas brancas terá enorme chance de receber algum tipo de crítica. Então, mãos à obra.

1. Corrija distorções

Em primeiro lugar, olhe o cenário interno atual, identifique os gaps salariais e trace um plano para saná-los em determinado período de tempo. Olhe também para a composição do quadro total e dos postos de liderança. Contrate consultorias especializadas para enfrentar os principais problemas identificados. Existem, por exemplo, agências especializadas em recrutamento de profissionais negros. Olhe para novos centros e polos de ensino, inclusive em outros Estados. Cogite tomar ações afirmativas específicas, como fez o Magazine Luiza.

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2. Envelheça a equipe

Aquele programador jovem e genial que ainda tem espinhas sempre será crucial para o seu time, mas uma coisa ele nunca terá antes da hora: experiência. Uma pesquisa feita pela plataforma californiana Cloverpop constatou que as decisões de uma equipe melhoram significativamente quando, além de diversidade de gênero, há também diversidade de idade. O percentual de idosos na sociedade vem aumentando velozmente. Poucas empresas têm dado atenção para isso. Contrate gente sênior para saber ouvir seus clientes, que também serão cada vez mais sêniores.

3. Flexibilize regras inúteis

Seja implacável na sua política anticorrupção, e não no dress code. Imagine a quantidade de talentos dos quais sua empresa se priva todos os anos porque eles não se enquadram no padrão calça-camisa-colete de gominho. Outra coisa: talvez alguns dinossauros do antigo RH me xinguem, mas não existe nada mais ultrapassado do que “vestir a camisa” da firma. Aqui me refiro ao sentido figurado. Construa uma equipe em que as pessoas vistam a sua própria camisa e orgulhem-se dela. Elas não gritarão “hurra!”, mas contribuirão para a diversidade da empresa e trarão novos olhares sobre tudo e criarão soluções que levarão o negócio mais longe.

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