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Sua startup precisa apostar em blockchain e inteligência artificial agora

Investir em tecnologia vai permitir que o trabalhador brasileiro se especialize e alcance todo seu potencial dentro do mercado de trabalho

BEE4: a primeira exchange de tokens de ações de empresas do país (blackdovfx/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 24 de dezembro de 2021 às 17h30.

Por Fabiano Nagamatsu*

Trabalho com startups há aproximadamente 11 anos. Já mentorei startups de praticamente todas as áreas de atuação e acredito fortemente que este esforço é essencial para construir um Brasil melhor, com uma economia mais sustentável. No meio deste ano, de uma conversa com meu amigo Jorge Yamaniski Filho, nasceu mais um projeto: a Osten Moove, uma aceleradora que investe smart money em negócios empreendedores de tecnologia de ponta.

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Dentre as primeiras startups nas quais decidimos investir, são empregadas duas das tecnologias mais discutidas ultimamente: o blockchain e a inteligência artificial. Esse rebuliço no mercado tem um motivo: elas têm um potencial muito alto de mudar paradigmas na nossa sociedade.

Nosso país passa por um momento delicado, marcado por crises. Mas vejo uma característica fundamental em comum entre o startupeiro e o espírito brasileiro: a resiliência. Vamos voltar. O Brasil tem um mercado imenso a ser explorado e existe bastante espaço para unicórnios em nosso ecossistema que, segundo estimativa da Abstartups, nos próximos cinco anos deve acolher cerca de cem.

Nossa aposta em investir no blockchain e na inteligência artificial passa por uma questão lógica e estratégica. Democratizando o acesso à segurança da informação e livrando o ser humano de tarefas repetitivas, podemos proporcionar mais tempo para o trabalho que só ele pode desempenhar. Mas vamos analisá-las separadamente para explicar melhor sua relevância.

O blockchain é, traduzido literalmente ao português, uma cadeia de blocos. Ou seja, quando eu faço um registro ou uma transação, esses dados ficam arquivados em diversos lugares. Por isso, a questão da segurança: é muito mais difícil um vazamento ou um ataque hacker a uma informação em blockchain porque ele é um código grande que deve ser quebrado em vários servidores ao mesmo tempo.

Garantindo a segurança, aumenta a confiança do consumidor final quanto à utilização da criptomoeda, que o permite eliminar o intermediador e as taxas e juros que ele traz consigo. A transação é feita em segundos e com confiança. Hoje, temos visto a tecnologia sendo utilizada em cartórios e até pelo Governo Federal pela sua solidez técnica.

Já a inteligência artificial promete boas perspectivas para aumentar a qualidade e eficiência do tempo de trabalho do ser humano. Imagine só: usando machine learning, os próprios bots são capazes de realizar não só  tarefas repetitivas mas também de aprender com a rotina que está sendo imputada. Isso pode ser útil de inúmeras formas, desde algo mais simples como a emissão recorrente de notas fiscais até a busca de preços de competidores online ou de dados de consumo para focar estratégias de marketing.

Uma das startups que investimos este ano, a Virtus Automation & IA, está fazendo um trabalho muito importante nessa área: democratizando este tipo de tecnologia para micro, pequenas e médias empresas. Acreditamos que não são só os grandes que devem ter acesso a ela — as MPMEs empregam milhões de pessoas neste país e também merecem investir em automação.

A questão de tirar o ser humano de trabalhos repetitivos passa longe de qualquer julgamento quanto à dignidade deste tipo de trabalho. Na verdade, a relevância disso é justamente permitir que o trabalhador exerça funções que só o cérebro humano é capaz de fazer.

Dentro de uma empresa, um colaborador bem treinado e escolhido para a função adequada tem capacidades infinitas de análise, estratégia e criatividade para encontrar recursos, soluções e novos caminhos. Este profissional é quem eleva a qualidade do trabalho entregue ao consumidor.

É por isso que investir em tecnologia de ponta não só vai abrir espaço para novos unicórnios no ecossistema nacional, como também vai permitir que o trabalhador brasileiro se especialize e alcance todo seu potencial dentro do mercado de trabalho. Não seremos substituídos pelas máquinas – elas nos permitirão alcançar outro patamar de produtividade.

*Fabiano Nagamatsu é diretor da Aceleradora Osten Moove e da Aceleradora Inova UNIGRAN, Líder Alumni e Mentor de negócios no Programa Inovativa Brasil, Advisor board Idea LunchBox Chicago USA, Avaliador do Shark Tank Brasil, indicado dois anos consecutivos entre os 10 mais influentes em mentoria e investimento do Startup Awards 2019, iniciativa da Abstartups, e finalista como mentor do ano em 2020 e 2021

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