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Seguro de vida: empatia e personalização atraem novos perfis para o setor

Desafio das seguradoras que lidam com o setor de vida será aplicar esses conceitos e ações em práticas para conhecer mais seus clientes

Tecnologia, pessoas e processos ditam o ritmo do segmento (We Are/Getty Images)

Tecnologia, pessoas e processos ditam o ritmo do segmento (We Are/Getty Images)

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Publicado em 3 de maio de 2022 às 18h55.

Última atualização em 3 de maio de 2022 às 19h30.

Por Luisa Cherobim*

Empatia e personalização serão duas palavras presentes nos negócios da nova economia. Estes termos, tão poderosos na vida social, também terão importantes papéis no âmbito corporativo no que diz respeito à construção de novos negócios e de novos ecossistemas daqui para frente.

No mercado de seguros, em especial na área de segmento de vida, não será diferente. Tecnologias, pessoas e processos ditarão o desenvolvimento de um subsetor que, só entre janeiro e abril de 2021, experimentou um crescimento de 11,5% em comparação com 2020, conquistando um faturamento em torno de R$ 15,8 bilhões, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O desafio das seguradoras, principalmente para aquelas que lidam no setor de vida, será embarcar todos esses conceitos e ações em práticas voltadas para conhecer cada vez mais as minuciosidades dos clientes. Saber quem são, como vivem, o que projetam, o que valorizam e o que buscam serão questionamentos essenciais para o planejamento de metas e para a disponibilização de serviços personalizados aos compradores.

Em meio às tantas marcas deixadas pela pandemia, vimos, por exemplo, uma maior atenção das pessoas em estarem mais preparadas para imprevistos. Isso afetou diretamente o mercado de seguros de vida que, segundo a Susep, registrou alta de 16,7% até setembro de 2021 em relação aos primeiros nove meses de 2020, correspondendo a um aumento de R$ 2,43 bilhões na arrecadação de prêmios.

Esse movimento gerou um novo olhar de atenção às seguradoras não só por conta do aumento da demanda, como também, da entrada de novos perfis no mercado. Com isso, surgem duas necessidades: avaliar melhor esses novos consumidores e rentabilizar a carteira dos que já tinham seguro. Este cenário, tão distinto e complementar ao mesmo tempo, mostra ao segmento o quanto a economia será circular e fundamentada nos elos da inovação no futuro. Em linhas gerais, conhecer será o verbo de ação deste setor.

Neste aspecto, podemos ver como é importante o uso de soluções de insights de dados para estarmos mais inteirados em relação aos hábitos dos clientes. Em termos práticos, já pensou o quanto as tecnologias analíticas poderão apoiar com informações que refletem às seguradoras a probabilidade de um CPF estar no grupo com chance de ruptura do contrato? Ou na aplicação de regras e políticas que ajudam na identificação do risco de rescisão antecipada, por exemplo?

Isso me fez lembrar de uma grande seguradora que, já prevendo cenários futuros, buscava automatizar seu processo de contratação de segurados para ter uma experiência mais fluída e mais precisa na análise do proponente. A organização necessitava tomar decisões rápidas e assertivas para encontrar preços, parcelas e subscrição de contratos adequados, pois assim poderia gerenciar os riscos de transações que não seriam cumpridas.

Após a adoção de uma tecnologia analítica, baseada em pontuação de score, esta seguradora gerou fricção na medida certa nos canais digitais de onboarding, o que garantiu a ela uma imagem mais inovadora. E, aos segurados, uma melhor experiência de usuário. O estudo de caso serve para ilustrar o grande potencial que a oferta personalizada de conteúdo terá em um futuro não tão distante, ainda neste ano.

Há uma demanda no mercado por serviços que entendem a probabilidade de rompimento de contrato com a empresa e, desta maneira, permitem que a companhia apresente a precificação apropriada de cada produto. A TransUnion, por exemplo, lançou o Lifetime Value Score, que faz exatamente isso, garante que as empresas ofereçam o produto certo e da forma mais adequada para as pessoas que necessitam dele.

Além do mercado de Vida, a capacidade da solução de calcular a probabilidade de rompimento de contratos também pode beneficiar o mercado de Seguro Saúde e Consignados.

Para o futuro, aumentar as chances de conhecimento dos clientes, apoiar o amadurecimento de consumidores e do próprio mercado serão questões cruciais para se estabelecer em um mundo repleto de propósitos.

*Luisa Cherobim é head de Analytics e Data Insights da TransUnion Brasil.

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