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Problemático novo ano

Coluna diária de Alon Feuerwerker analisa os desafios do governo com o aumento do déficit primário e o fim do auxílio emergencial

(Marcello Casal Jr/Divulgação)

Mariana Martucci

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 23h25.

Estamos chegando ao final do ano, então as projeções começam a convergir para a realidade dos fatos. Aliás, não é tão complicado assim fazer em novembro previsões para o ano que está acabando, não é?

Bem, hoje, mais uma vez, o governo ajustou sua previsão para o déficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) em 2020. Pelo jeito, a coisa vai girar em torno de 850 bilhões de reais. Uma ordem de grandeza de dez vezes a previsão orçamentária inicial.

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Claro que a responsabilidade foi da Covid-19 e dos gastos extraordinários por ela provocados. Aliás já tem quem diga que 600 reais de auxílio emergencial foi excessivo, que algo em torno de 200 teria sido suficiente para manter a renda das pessoas e famílias.

Mas Inês é morta e o governo tem diante dele o desafio de fazer o pouso suave do auxílio, previsto para acabar na passagem do ano. Conseguirá? Além de tudo, há também a barafunda congressual, onde não se consegue instalar a Comissão de Orçamento, por causa da guerra na sucessão das Mesas.

Quando acabar o entretenimento eleitoral municipal, o novo ano trará problemas graúdos. Sem contar que ainda não há luz no fim do túnel da Covid.

* Analista político da FSB Comunicação

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