O PP chegou lá... e agora?
Analista político avalia o futuro do Progressistas a partir da vitória de Arthur Lira para a presidência da Câmara
Mariana Martucci
Publicado em 5 de fevereiro de 2021 às 20h05.
A sigla PP foi projeto de Tancredo Neves para sair das sombras de Ulysses Guimarães e traçar caminho próprio sem ser tutelado pelo MDB paulista. Acabou voltando ao partido depois que o regime militar lhe cortou as asas e inviabilizou os planos. Alguns seguiram a raposa mineira, outros se alinharam ao PFL.
O PP foi retomado após se chamar PDS, PPB. Francisco Dorneles foi ilustre pepista no início desse século, assim como o ex-governador Paulo Maluf. A nova guarda é liderada pelo senador Ciro Nogueira, que tentou ser presidente da Câmara dos Deputados, mas que foi derrotado pelo então peemedebista Michel Temer em 2009. Tempos em que o partido abrigava Jair Bolsonaro.
Ciro é atual presidente do PP (agora Progressistas) e ajudou a eleição do deputado Arthur Lira, de Alagoas. Lira é disciplinado, preza a defesa da política e dos seus pares. É firme e honra a palavra nos compromissos políticos. Essa fama pavimentou seu caminho para a Presidência da Câmara.
Lira tem 51 anos. Ciro Nogueira, 52 anos. Ambos têm muitas ambições. A dupla aparenta ter longo caminho na vida pública. Eles respondem a acusações, mas têm conseguido se desvencilhar dos processos na Justiça.
A oportunidade de se projetarem mais pelo futuro do que pelo passado está encilhada na frente de Lira e Ciro. Se saberão montar e se vão controlar as rédeas é uma questão que será respondida até o próximo ano. A vice de Bolsonaro já é uma questão…
*Analista político da FSB Comunicação
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