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O dilema dos algoritmos e das fake news

Coluna semanal de Alexandre Loures e Flávio Castro traz as novidades de Comunicação e Marketing e os temas mais comentados nas redes

A falta de regulamentação e fiscalização na internet deu às gigantes da tecnologia cada vez mais poder (Rodrigo Loureiro/Exame)

Isabela Rovaroto

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 08h00.

No último mês, o lançamento do documentário “O Dilema das Redes” gerou repercussão maciça e dividiu opiniões entre críticos e especialistas ao redor do mundo. De um lado, os que defendem que as redes sociais são as responsáveis por termos uma sociedade adoecida e, do outro, os que chamam o filme de sensacionalista e alegam que bullying, propaganda e desinformação são problemas que vão além dessas plataformas. Esta, inclusive, é a opinião do próprio Facebook que decidiu se pronunciar em seu blog oficial e enumerou sete pontos que foram mal abordados e prejudicam a rede.

Seja qual for a sua opinião, é inegável que o filme levantou um debate importante. A falta de regulamentação e fiscalização na internet deu às gigantes da tecnologia cada vez mais poder. Agora, 20 anos depois, estamos literalmente correndo atrás do prejuízo e buscando soluções e alternativas para combater esses problemas da vida digital.

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A batalha contra a desinformação e os algoritmos é uma delas. Pesquisas já disseram que as redes sociais são uma das principais fontes de informação da população, sobretudo Facebook, Google e Whatsapp. Mas em quantas delas podemos confiar de fato? A pergunta que fica é: se uma parte importante dos lucros das plataformas vem da oferta de anúncios (que têm notícias entre seus produtos), então, elas não deveriam se responsabilizar pelo conteúdo, promovendo o jornalismo responsável?

A boa notícia é que algumas delas já estão endereçando essa questão e criando soluções para combater as fake news e os discursos de ódio. O Twitter, por exemplo, implementou diversas medidas e políticas de conteúdo para reduzir os problemas gerados pelo compartilhamento de notícias falsas. Já o Google criou o Google News Showcase, que vai oferecer conteúdos diários escolhidos e editados por diversos veículos jornalísticos do Brasil.

Essa á uma batalha que está apenas começando. Ainda temos um grande desafio pela frente, mas ver o movimento das plataformas já é um bom ponto de partida.

  1. Facebook responde ao documentário O Dilema das Redes > https://www.b9.com.br/132893/em-resposta-ao-documentario-facebook-classifica-o-dilema-das-redes-de-sensacionalista/
  2. Como funcionam os algoritmos das redes sociais? > https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/how-to/2020/10/06/como-funcionam-os-algoritmos-das-redes-sociais.html
  3. Google e Facebook devem pagar por notícias mostradas no seu feed? >> https://www.uol.com.br/tilt/reportagens-especiais/google-e-facebook-devem-pagar-veiculos-de-midia-por-noticias-mostradas-no-seu-feed/#cover
  4. Google News lança destaques com notícias selecionadas pelos veículos >> https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/10/google-news-lanca-destaques-com-noticias-selecionadas-pelos-veiculos.shtml
  5. Twitter anuncia regras mais rígidas para conteúdo durante as eleições nos EUA >> https://exame.com/tecnologia/twitter-anuncia-regras-mais-rigidas-para-conteudo-durante-eleicoes-nos-eua/

 

*Sócios-diretores da FSB Comunicação

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