Empresas que adotarem tecnologias avançadas, como inteligência artificial, big data e análises preditivas, se destacarão (insta_photos/Getty Images)
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Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 10h00.
Por Nilio Portella*
O ano de 2025 promete ser transformador para o mercado de investimentos, em que venture capital (VC), private equity (PE) e outras modalidades, como family offices e investidores-anjo ou equity crowdfunding, vão desempenhar papéis fundamentais.
Com dinâmicas distintas, esses atores convergem em um ponto comum: a inovação e estratégias para lidar com as mudanças econômicas globais. Startups e setores emergentes, a exemplo das fintechs e agritechs, continuam sendo o motor dessa transformação, com oportunidades e desafios únicos.
De acordo com relatório da KPMG, os investimentos dos fundos de VC em startups brasileiras atingiram US$ 816,8 milhões no segundo trimestre de 2024, mais que o dobro dos US$ 352,8 milhões registrados no trimestre anterior, e o maior volume desde o terceiro trimestre de 2022. Os setores que lideraram a captação foram fintechs (financeiro), cleantechs (energias alternativas) e healthtechs (saúde), refletindo o foco em tecnologias com potencial para transformação econômica e social.
Entre as prioridades dos investidores estão as tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, blockchain e biotecnologia, que prometem revolucionar setores como saúde, energia e segurança cibernética. O destaque vai para aquelas que desenvolvem soluções baseadas em IA, capazes de aumentar a eficiência nos serviços essenciais, enquanto o interesse por inovações em modelos de negócios que apontam para a hiperpersonalização também está em alta.
Além disso, a crescente valorização das agendas ESG (Ambiental, Social e Governança) vem direcionando os investimentos na promoção do impacto social, inclusão financeira e tecnologias limpas. Em setores resilientes, como saúde e biotecnologia, a medicina personalizada e terapias genéticas têm potencial para atrair bilhões em investimentos. Já a telemedicina e o consumo de bens essenciais inovadores continuam a ganhar espaço. Paralelamente, com as ameaças cibernéticas em alta, espera-se que startups de cibersegurança dobrem seu financiamento, podendo atrair até US$50 bilhões globalmente até 2025.
Com um perfil mais independente e flexível, family offices e investidores-anjo desempenham um papel crescente no ecossistema de inovação. Family offices, que tradicionalmente investem em setores consolidados, estão cada vez mais voltando sua atenção para startups em estágios iniciais e negócios de impacto social, diversificando seus portfólios e buscando setores de vanguarda.
Os investidores-anjo funcionam como catalisadores. Em meio a um cenário de retomada econômica e crescimento de hubs de inovação em regiões emergentes , eles terão um papel crucial na identificação e aceleração de startups promissoras. Além do capital, oferecem networking e expertise estratégica para alavancar o crescimento de novos negócios.
O mercado de private equity foca na consolidação e valorização de empresas já estabelecidas, visando otimizar operações e aumentar o valor das companhias antes de uma eventual venda. A partir de dados do Statista, plataforma global de informações de mercado, espera-se que o número de transações seja de 12,87 mil até 2025. A taxa de crescimento anual, composta (CAGR) do setor, deve ser de 6,48% entre 2024 e 2025, alcançando um valor total de US$ 1,15 trilhão em 2025. Em termos de transações, o valor médio por operação esperado é de US$ 105,50 milhões em 2024.
A busca por eficiência operacional será um dos principais motores do mercado de private equity, especialmente em um cenário de pressões econômicas e valuations ajustados. Os fundos se concentrarão em setores mais resilientes, como infraestrutura, saúde e agronegócio, em que a transformação dos negócios e a melhoria da eficiência operacional se tornarão cruciais.
O mercado de private equity envolve uma variedade de transações, como aquisições alavancadas (LBOs), capital de crescimento e desmembramentos (carve-outs), com foco em empresas estabelecidas que têm potencial para melhorias e criação de valor. Ao contrário do VC, que investe em startups de alto crescimento, o PE investe em empresas maduras, buscando otimizar seu valor antes de uma venda.
Você está certo em questionar a possível repetição de ideias. Após uma análise mais cuidadosa, percebi que alguns trechos realmente reforçam conceitos semelhantes, o que pode ser ajustado para melhorar a concisão. Aqui está uma revisão mais enxuta, eliminando redundâncias e mantendo o foco:
Em 2025, as startups continuarão sendo destinos estratégicos para investimentos de risco e private equity. No entanto, as empresas com valuations bilionários enfrentarão maior pressão para demonstrar rentabilidade e impacto, com governança e inovação assumindo papéis centrais na atração de investidores e na manutenção de relevância.
Empresas que adotarem tecnologias avançadas, como inteligência artificial, big data e análises preditivas, se destacarão ao otimizar operações e atender às novas demandas dos consumidores. Nesse ambiente competitivo, os investidores precisarão equilibrar uma visão de longo prazo com a agilidade necessária para capturar oportunidades em mercados emergentes e setores disruptivos.
Como cofundador do M&P Group e sócio da Bossa Invest e do Equity Fund Group, vejo este momento como uma era fascinante, onde criatividade e resiliência serão determinantes. Que 2025 seja o ano do impacto transformador!
*Por Nilio Portella, cofundador do M&P Group e sócio da Bossa Invest e Equity Fund Group
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