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Modelo híbrido permanecerá em alta na educação superior em 2022

Se tivemos de nos adaptar com muita rapidez ao ensino online, agora temos de nos preparar para o ensino do futuro: 2022 será o ano do ensino híbrido

É preciso readaptar o modelo presencial e traçar estratégias para estar antenado ao que há de mais avançado no ensino online (Carol Yepes/Getty Images)

É preciso readaptar o modelo presencial e traçar estratégias para estar antenado ao que há de mais avançado no ensino online (Carol Yepes/Getty Images)

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Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 18h34.

Última atualização em 30 de dezembro de 2021 às 19h03.

Por Jânyo Diniz*

O ano de 2021 foi de muito aprendizado para quem trabalha no setor educacional. Foi um ano atípico, dividido entre um período em que convivemos com os impactos da pandemia e das medidas de isolamento, mas depois vimos a situação melhorar com o avanço da vacinação e alguma flexibilização das restrições.

No momento em que escrevo este texto, mais de 66% dos brasileiros já estavam completamente imunizados. E com esse quadro, vimos a reabertura e a volta das aulas presenciais nas escolas e universidades, sejam elas públicas ou particulares. Se primeiro tivemos de nos adaptar com muita rapidez ao ensino online, agora temos de nos preparar para o ensino do futuro — e 2022 será o ano do ensino híbrido.

Sabemos que o ensino jamais seguirá o modelo que existia antes da covid-19. E com isso em mente, é preciso readaptar o modelo presencial e traçar estratégias para estar antenado ao que há de mais avançado no ensino online.

No presencial, por exemplo, é preciso repensar até mesmo o papel de novas construções e campi. Não se fazem mais necessários prédios enormes, muitas vezes com localização distante. Passamos a ter unidades localizadas em shoppings, unidades menores, em locais com boa oferta de transporte público e de mobilidade, e que, em alguns casos, proporcionam a alunos e alunas uma maior sensação de segurança no período noturno. São unidades inteligentes, nas quais oferecemos o melhor do ensino presencial — e há cursos que não podem prescindir desse modelo, como os da área de saúde que exigem atividades em laboratórios.

Também estamos investindo no portfólio de cursos e na experiência digital dos alunos como forma de moldar nosso ecossistema de educação. No online, o grupo Ser Educacional vai de ponta a ponta, não só oferecendo cursos de ensino superior mas também adquirindo edtechs que atuam desde o apoio ao aluno no ingresso no ensino superior à produção de conteúdo e gestão de provas do sistema.

Em setembro, fizemos a aquisição da Prova Fácil, startup de gestão de provas que atende 25% dos alunos do ensino superior e realizou, somente em 2020, mais de 24 milhões de exames online. E em novembro recebemos uma boa notícia: a autorização, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para concluir a transação de compra da Fael, o que reforça nossa estratégia de criar polos digitais em todo o país, de Norte a Sul. Uma das aquisições mais recentes foi a edtech Delínea, que tem 13.000 produtores de conteúdo, 230.000 horas de aulas e 17.000 materiais educativos, entre infográficos interativos, games e realidade virtual aumentada.

O que também aprendemos com a pandemia — e levaremos para o futuro — é que o perfil do estudante mudou. As pessoas querem poder estudar a qualquer momento, em qualquer lugar. Também querem cursos mais dinâmicos, com duração menor e que possam se encaixar em sua rotina e vida. Por isso, implementamos o Ubíqua, metodologia que amplia espaços de ensino-aprendizagem e utiliza a tecnologia para levar o conhecimento a toda parte, em tempo integral.

Dentro desse conceito, há o programa Sponsor, que proporciona aos cursos de graduação uma aproximação com o mercado, por meio de mentoria feita por profissionais renomados na área ou o Navega, que derruba fronteiras e possibilita a participação direta de alunos e professores de instituições internacionais em disciplinas específicas, de forma remota.

Já a plataforma GoKursos traz múltiplas opções aos estudantes, cursos livres com experts em todas as áreas do conhecimento, cursos de graduação e pós-graduação de universidades e faculdades de todo as partes do Brasil disciplinas universitárias em caráter especial para alunos que queiram ter experiência em outras IES ou com outros professores, que ganham autonomia para complementar seus conhecimentos. Também temos o Peixe 30, rede social profissional que entre outras coisas oferece assessment gratuito para os usuários, bem como oferta de empregos pelas empresas.

Tudo isso em um ecossistema completo que pretende estar ao lado dos profissionais durante toda a sua vida, e não apenas no período universitário, com ferramentas úteis que darão a eles um direcionamento sobre o que é importante em suas carreiras.

São muitos os esforços no sentido de garantir uma educação de qualidade diante do enorme desafio imposto pelos múltiplos cenários da pandemia — inéditos para todos nós.

Tudo indica que 2022 será um ano de intensa retomada para o ensino superior privado brasileiro. Será o primeiro ano (depois de um biênio de notícias tão tristes) sem impactos significativos do coronavírus — é o que esperamos. E o primeiro ciclo em que teremos uma implementação sem restrições do ensino híbrido.

E, acima de qualquer coisa, será, sem dúvida, mais um ano de muito aprendizado.

*Jânyo Diniz é CEO do grupo Ser Educacional

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