O sucesso do projeto pode trazer benefícios significativos para o futuro da restauração florestal na Amazônia (Norte Energia/Divulgação)
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Publicado em 5 de junho de 2024 às 07h00.
A gente celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente com uma conquista importante de cientistas brasileiros: pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriram um método capaz de acelerar o processo de reflorestamento em até 20 anos.
Em curso desde outubro de 2022, o projeto utiliza técnicas de melhoramento genético e estrutural das plantas com a aplicação de hormônios, acelerando o crescimento e antecipando a floração e frutificação.
As espécies selecionadas são nativas da Amazônia e têm crescimento lento, fator que dificulta o reflorestamento. Os resultados mais significativos foram notados nas seguintes espécies:
O estudo faz parte de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, e é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
“Isso é espetacular para o meio ambiente! E o que essa pesquisa tem de mais peculiar é o desenvolvimento da região. É muito importante para a companhia deixar esse legado”, avalia Roberto Silva, gerente de meios físico e biótico da Norte Energia e um dos líderes do projeto.
O programa, com previsão de conclusão para o segundo semestre deste ano, tem a participação de cientistas das seguintes instituições:
A equipe é liderada pelo professor Emil Hernández, da UFPA.
Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) PD-07427-0622/2022 foi intitulado “Novas tecnologias para acelerar o crescimento de plântulas e plantios estratégicos para a restauração no Trecho de Vazão Reduzida da Volta Grande do Xingu, Pará”, e tem como principal objetivo desenvolver um conjunto de ações integradas que otimizem os projetos de reflorestamento da Volta Grande do Xingu.
“O sucesso do projeto pode trazer benefícios significativos para o futuro da restauração florestal na Amazônia e poderá ser aplicado em outras regiões, ajudando a recuperar áreas degradadas e a reduzir o desmatamento. O projeto também pode auxiliar a biodiversidade da Amazônia e gerar renda e emprego para quem vive na região”, explica Emil.
Além do estudo para aceleração do reflorestamento, desde 2011 a Norte Energia executa programas de Conservação da Flora e Recomposição da Cobertura Vegetal nos entornos da UHE Belo Monte.
A quantidade de novas mudas registrada até o momento inclui 159 espécies nativas da região e ajudou a reflorestar aproximadamente 2.400 hectares de floresta, área equivalente a mais de 3 mil campos de futebol como o do Maracanã.
A meta da Norte Energia é recuperar, até o ano de 2045, 7,6 mil hectares de floresta, o que corresponderá a 5,5 milhões de mudas de espécies nativas.
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