Mercado de dermocosméticos cresceu próximo a 20% com a conscientização da população. (Getty/Getty Images)
Bússola
Publicado em 23 de novembro de 2021 às 16h36.
Muito mais do que a pele, a L’Oréal estende sua preocupação e campo de atuação para tudo que envolve a saúde em seu âmbito integral. Esse é o resumo do bate-papo com Roberta Sant’Anna, diretora do L’Oréal Cosmética Ativa no Bússola Líderes, o canal de entrevistas em vídeo com grandes lideranças empresariais do Brasil, conduzido por Alon Feuerwerker, analista político e colunista da Bússola.
A L’Oréal é a marca líder do mercado de beleza do mundo, e o setor da Cosmética Ativa pensa no mercado de dermatologia para atender as necessidades do consumidor, sendo líder no mercado de dermocosméticos. O setor de cosméticos está relacionado à beleza, mas pode ser entendido de forma mais ampla, voltado para a saúde em aspecto holístico. Um assunto que está sendo debatido ao longo destes meses de pandemia.
Como resultado do processo de conscientização e cuidado da população com esses temas, o mercado cresceu próximo a 20%.
“A pandemia não impactou nos nossos números, muito pelo contrário. O que a gente percebeu é que nesse momento houve uma maior conscientização e preocupação com a saúde das pessoas. [...] Nós percebemos que a população teve mais queda de cabelo, maskne (acne causada pelo uso da máscara), peso da oleosidade da pele, crises de dermatite devido ao estresse. A saúde dos brasileiros foi impactada durante a pandemia e impactou no crescimento do nosso negócio”, declara Roberta Sant’Anna.
Existe uma relação direta do lado social e emocional com as questões de pele. Em números, 50% das pessoas que sofrem com acne buscam o autoisolamento. 80% das pessoas que sofrem com dermatite atópica, no auge da crise, faltam ao trabalho por causa da condição da pele. Ao todo, dois bilhões de pessoas no mundo sofrem com problemas de pele. Pensando nesses números, a diretora fala sobre a campanha lançada no início da pandemia, chamada “Muito mais do que pele”, pela La Roche-Posay, levantando a bandeira para esse cuidado.
Neste próximo mês, se inicia o dezembro laranja, que é o mês da conscientização do câncer de pele. Com isso, a L’Oréal, por meio da La Roche-Posay, utiliza a estratégia pensada para a oncologia.
“A Fundação La Roche-Posay leva apoio emocional para as famílias que têm alguém enfrentando o câncer. E, também, temos um portfólio amplo que endereça as questões de pele provocadas pelo tratamento de oncologia. [...] Estamos sempre em contato com hospitais que fazem tratamento oncológico para fazer doação desses produtos e levar o cuidado não só com a prevenção, mas também com a manutenção”, afirma Roberta.
Nos níveis de digitalização, a companhia leva ao consumidor ferramentas essenciais para suas demandas. 40% da população brasileira deixou de visitar médicos durante a pandemia. Assim, a L’Oréal utiliza uma plataforma que auxilia no diagnóstico básico — respeitando a dermatologia — sobre a questão de pele, oferecendo uma solução para cada caso.
“Uma outra frente forte que estamos fazendo agora é o acesso à teleconsultas. O contato não substitui o contato físico, mas é uma possibilidade de aumentar o acesso do Brasil à dermatologia”, diz Santanna.
Levantando o tema da diversidade, a diretora afirma que é um pilar estratégico do grupo L’Oréal. “Se a gente acredita que a beleza move o mundo, essa beleza é diversa, independe da cor da sua pele, do tipo de cabelo que você tem e da sua sexualidade. [...] A gente testa todos os produtos que desenvolve em todos os tons e tipos de pele, sendo capaz de solucionar os problemas de cada tipo”, declara Roberta.
Sendo assim, Sant’Anna afirma que para o próximo ano a marca busca fincar a bandeira da democratização do acesso à dermatologia no Brasil, mostrando o papel fundamental que ocupa no segmento.
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