LinkedIn é o canal ideal para gerar novos negócios, construir parcerias e fortalecer a reputação corporativa. (Edward Smith/Getty Images/Getty Images)
Bússola
Publicado em 28 de abril de 2022 às 19h00.
Com mais de 800 milhões de usuários e 58 milhões de empresas, o LinkedIn é o canal ideal para gerar novos negócios, construir parcerias e fortalecer a reputação corporativa. De forma paralela, especialmente nos últimos dois anos, a rede social vem ganhando notoriedade com os conteúdos e interações de executivos.
O bom posicionamento de lideranças incentiva o tráfego para os canais institucionais, estimula o relacionamento com potenciais talentos, gera conexões com o público de interesse e, principalmente, fortalece a imagem tanto do executivo quanto da empresa. Essa foi a conclusão da live realizada nesta quarta-feira, 27, sobre como posicionar lideranças no LinkedIn.
A estratégia em pauta foi a Thought Leadership, umas das mais bem sucedidas na plataforma, cuja finalidade é desenvolver a reputação de executivos que desejam ter seus perfis como um espaço para conexões relevantes e de humanização da imagem corporativa. Afinal, pessoas se relacionam e confiam em pessoas, e as marcas são o espelho de quem as lidera.
O bate-papo mediado pelo jornalista Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, contou com a participação de Ana Moises, diretora de vendas do LinkedIn para a América Latina, e Pollyana Miranda, sócia-diretora de Integração Prigital do grupo FSB.
Ana Moises defendeu que a presença de um líder na plataforma evidencia que a empresa está disposta a conversar e, como consequência, passa credibilidade ao dar opiniões sobre determinado assunto. Para corroborar sua fala, a executiva apresentou dados que indicam que 83% dos tomadores de decisão acham que o Thought Leadership passa confiança.
“Existe uma necessidade de dar voz ao executivo para que se consiga aproximar as pessoas e outras organizações da sua empresa. Durante a pandemia, todos os CEOs que se posicionaram dentro da plataforma viram um crescimento de mais de 90% no engajamento deles”, afirmou a diretora de vendas do LinkedIn.
Pollyana Miranda, do grupo FSB, enfatizou a necessidade de se ter uma estratégia no processo de posicionamento do perfil. Para ela, por mais que o LinkedIn seja um canal acessível e intuitivo, é preciso ter um porquê do executivo e da marca estarem lá. “É como se você estivesse em um grande evento do seu mercado. Então, imagina que tudo que você fala pode reverberar”, disse.
Segundo Pollyana, diversas medidas podem ser estruturadas a partir do entendimento do objetivo e das oportunidades do executivo. Hoje, o grupo FSB aplica essa estratégia em mais de cem perfis de liderança de grandes empresas como Alelo, JBS, Ambev, Cosan, SulAmérica, entre outras.
“Primeiro, fazemos um diagnóstico. A partir de uma série de perguntas, recomendamos o que deve ser feito. Depois, podemos deixar um grande planejamento na mão do executivo. Também desenvolvemos treinamentos para que eles sintam autonomia em fazer esse trabalho. E, por último, podemos fazer a gestão desse perfil no LinkedIn. O grupo FSB pode ser consultor, planejador e produtor do conteúdo”, disse.
Para além das lideranças, o Thought Leadership pode ser aplicado a outros empregados de uma empresa. Ana Moises esclarece que, em muitos casos, líderes espontâneos podem ser detectados a fim de utilizar todo o potencial de sua rede. “O número de conexões que os funcionários têm é muito maior do que a capacidade de uma página de empresa tem de impactar”.
No mesmo contexto, Pollyana citou a tendência e a relevância de se ter uma comunidade engajada e fiel que converse com o executivo de forma direta, já que não existe um intermediário — como é o caso do perfil de uma empresa — ao longo do diálogo. É importante que as empresas e os profissionais estejam preparados tendo em vista que terão de interagir com comentários, sejam eles positivos ou negativos.
Boas práticas
Hoje, o mundo vive a era da comunicação people-to-people, onde a audiência se interessa por uma troca mais humanizada, próxima e acessível entre funcionários de uma empresa e seus consumidores. De acordo com Rafael Lisbôa, há uma tendência de que consumidores busquem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados ao seu estilo de vida e, por isso, executivos que trabalham o seu posicionamento nos ambientes digitais, têm se tornado, pessoal e profissionalmente, vetores das marcas.
Assim, os perfis de lideranças devem seguir um planejamento na produção de conteúdos e nas interações com os seus pares. A diretora de vendas do LinkedIn ressalta que tudo o que é produzido na plataforma tem que ser autêntico. O conteúdo precisa ser fiel e fidedigno ao usuário. Além disso, Ana destaca o valor da produção com regularidade.
“É interessante ter um calendário de conteúdo e, também, definir o que vai ser postado. Pode-se falar sobre o que você está lendo, um ponto de vista bem-humorado de uma notícia, behind the scenes — os bastidores do seu negócio —, opinião sobre eventos, compartilhamento de conquistas e as listas sobre os mais variados interesses, como melhores eventos, tendências, filmes, livros etc. No fundo, existe uma expectativa por “receitas de bolo”. Todo mundo espera a lista dos livros que o Bill Gates leu no último ano”, declarou.
Ana Moises ainda alerta para a importância de respeitar as características individuais dos executivos, como o tom e a personalidade. Ela aponta que a visão pessoal atrelada a alguma experiência possibilita uma chance de engajamento muito maior.
Para mensurar a atividade dos perfis, Pollyana destaca que o resultado é obtido pela lógica do objetivo. Dessa forma, deve-se observar o trabalho por meio de relatórios, considerando os números providos pela plataforma. No grupo FSB, os profissionais podem contar ainda com o índice Rise, que faz uma combinação das informações quantitativas (reações, impressões e engajamento) com uma análise qualitativa do planejamento de conteúdo feita por especialistas.
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