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Gente & Gestão: inteligência artificial já é passado

Para Carlos Guilherme Nosé, a onda da IA já está para ser substituída. Confira nesta edição da coluna do CEO da FESA Group

"Você sabia que I.A. surgiu nas empresas de tecnologia no final da década de 60?" (Just_Super/iStockphoto)
Carlos Guilherme Nosé

CEO e sócio da FESA Group - Colunista Bússola

Publicado em 2 de abril de 2024 às 07h00.

Última atualização em 2 de abril de 2024 às 15h24.

A vida de consultoria em RH me encanta e me prende há mais de 20 anos e tem seus motivos. Nossa rotina é absolutamente inesperada. Tem hora que estamos entrevistando um profissional de Logística do Agronegócio e uma hora depois estamos discutindo com CEO de uma empresa de tecnologia a possibilidade de buscar um Head de Inteligência Artificial. Fora a quantidade de informação e conhecimento que podemos adquirir em cada conversa, em cada bate papo ou em cada call com cliente, com candidatos ou executivos em geral. E por aí vai.

Recentemente vivi essa montanha russa de informações. No mesmo dia almocei com um expert em I.A. , que me deu uma aula e como todo apaixonado pelo trabalho que faz, se eu não o cortasse, teríamos emendado um jantar na sequência. Saí já atrasado para a próxima reunião, e no mesmo dia à noite, fui convidado a ser moderador de um evento com profissionais de tecnologia. Outra enxurrada de informações e projeções fora dos nossos olhos. E a conclusão que tive foi: Inteligência Artificial é coisa do passado.

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Como assim? Fiquei maluco? Não!

Você sabia que I.A. surgiu nas empresas de tecnologia no final da década de 60? Pois é, use o Google ou ChatGPT para descobrir isso. Foi lá, nesse evento, que o CEO de uma das maiores empresas globais de tecnologia trouxe essa informação, desconhecida por muitos dos ali presentes.  A palavra agora é Computação Quântica! Sabem o que é? Não esperem que eu explique aqui. Trata-se de um tema complexo, mas vai de fato transformar radicalmente o mundo da computação. Hiper velocidade, hiper capacidade de processamento e hiper armazenagem são apenas um começo. E segundo as projeções, estaremos na onda do quântico em apenas cinco anos. Ou seja, I.A. já está ficando pra trás.

Apesar dessa enxurrada de informação, volto para meu mundo de Gestão de Pessoas e tento aplicar tudo isso no nosso processo. Acredito que o maior problema ainda seja entender o que realmente te faz ser um profissional diferente. Enquanto as máquinas e os algoritmos lerem somente o que os candidatos escrevem nos seus currículos, fica difícil ter uma avaliação se a máquina consegue substituir a inteligência humana . Se olharmos no Linkedin e vermos a quantidade enorme de pessoas que te ajudam a ter um  “currículo mais legível para a máquina”, para mim não passa de maquiagem para passar para a segunda etapa do processo. O quanto de fato as habilidades, competências e comportamentos reais de um profissional, podem ser lidos pela I.A.?

Na minha opinião, ainda considero uma incógnita e acredito que a máquina deve ser apenas uma ferramenta para nos ajudar no dia a dia. A mistura de Máquina + Ser humano é imbatível, assim como entendo que para o RH muitas vezes o Produto (Tech) + Serviço (Consultoria) pode ser a combinação perfeita.

Para quem é fã de Howard Gartner e sua Teoria das Múltiplas Inteligências Humanas, estudada e criada na década de 80, pode ficar tranquilo. As Sete Inteligências Humanas estudadas por ele, não vão desaparecer. Só irão conviver em harmonia com essa 8ª Inteligência que é a Artifical e várias outras que estão por vir.

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