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FSB: minha obsessão foi criar a melhor empresa de comunicação do Brasil

Em entrevista ao Bússola Trends, Francisco Soares Brandão fala de seu novo livro, que narra a sua história profissional e o segredo do sucesso da agência

“O que pode dar certo” é um manual para empreendedores que visam o sucesso de seu negócio (Thomas Barwick/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 20h30.

Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 17h30.

“Gente é o nosso patrimônio”. Essa frase é apenas um dos mantras que guiaram o empresário Francisco Soares Brandão, sócio-fundador da FSB Comunicação, nos últimos 40 anos, desde a fundação da empresa em 1980, até que se tornasse a maior agência de comunicação corporativa da América Latina.

Mas a verdadeira obsessão de Chico, como ele gosta de ser chamado, nunca foi criar a maior, mas a melhor agência de comunicação do Brasil. Nesse bate-papo com Flávio Castro e Alexandre Loures, sócios do grupo FSB, para o Bússola Trends, ele fala de seu novo livro, em que narra sua história profissional e trata do segredo do sucesso da agência. Também participam do programa o diretor da Bússola Rafael Lisbôa e o editor do livro “O que pode dar certo”, Jorge Viveiros de Castro.

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O lançamento do livro marca a comemoração de quatro décadas da FSB, agência que leva no nome as iniciais de seu fundador, e compartilha valores e princípios que levaram à construção da companhia, que hoje está em processo de sucessão. “Minha preocupação era compartilhar com nossos companheiros um pouco da cultura da FSB e, como, baseado em alguns valores, consegui fazer com que ela se tornasse o que se tornou”, diz Francisco.

Além da valorização das pessoas, um dos pilares do grupo é entregar resultados maiores que as expectativas dos clientes. “Você precisa se conhecer para fazer alguma coisa. Eu sabia das minhas limitações, e me conhecendo, tive a humildade de trazer gente competente para trabalhar ao meu lado. Gente melhor do que a gente, que é, na verdade, gente que tem a capacidade de acreditar na receita da empresa”, afirma. “Isso é a base do nosso negócio: entregar mais do que o esperado”, declara o sócio-fundador.

O livro descreve o aspecto humano dos negócios, deixando claro que, para a construção de uma empresa, é preciso estar consciente de si mesmo, e conhecer as próprias limitações para que seja possível trilhar o caminho correto.

Francisco soube fazer isso. Durante sua carreira, descobriu que tem dislexia, dificuldade de aprender novos idiomas e não chegou ao nível superior. O título remete a uma palestra que assistiu na escola, achando que sua vida profissional não daria certo.

“A partir do momento em que você reconhece as suas dificuldades, você tem meio caminho andado. Me lembro das primeiras reuniões em que eu chegava sozinho para falar com os clientes, com todas as minhas limitações, e, muitas vezes, os clientes me perguntavam alguma coisa que eu só respondia ‘eu nem sei te responder’, e buscava alguém que soubesse aquilo. [...] Você acha que as pessoas te respeitam porque você sabe tudo, mas as pessoas te respeitam quando você quer ajudar”, diz.

Assim, por meio do livro, é possível observar as mudanças no mercado de comunicação no Brasil. No começo, as agências de publicidade eram renomadas e respeitadas, mas o espaço da área privada na mídia ainda era pequeno. Então, a FSB decidiu investir nesse caminho. “Em vez de ocupar o espaço da mídia paga, começamos a ocupar o espaço editorial do veículo, em que se tem uma credibilidade muito grande”, afirma Francisco.

Traduzir quatro décadas em um livro foi o maior desafio apontado pelo editor, Jorge Viveiros de Castro. E por trazer ideias simples e efetivas sobre empreendedorismo, segundo Jorge, pode ser lido como um manual para quem deseja ter um negócio bem-sucedido.

“É um exemplo para pessoas jovens, que têm interesse por empreendedorismo, e que podem conhecer um cara que foi buscar vencer dificuldades, que demorou a encontrar um caminho profissional na vida. Mas, quando encontrou, mergulhou com vontade, ética profissional e dedicação extrema, e construir o que construiu. Também é uma história de décadas de transformação no setor brasileiro, em todos os ângulos”, diz Jorge.

“Gente vai ter cada vez mais importância no nosso negócio. Gente é a base de tudo, e a tecnologia ajuda nessa conexão. [...] É preciso ter gente que olhe a inovação, e agregue valor em área que a gente não conhece, e venha para somar”, declara Brandão.

Para acompanhar a entrevista na íntegra, acesse o canal do YouTube da Bússola, onde sai os conteúdos em vídeo da coluna Bússola Trends.

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a EXAME. O texto não reflete necessariamente a opinião da EXAME.

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