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Empréstimo sem intermediação bancária cresce 238% em 2021, aponta pesquisa

As motivações para empréstimo são, principalmente, para pagar dívidas, investir em empresa própria e para novos negócios

Com a crise gerada pela pandemia e o desemprego em alta, muitas famílias reduziram seu poder de compra (Germano Luders/Exame)

Com a crise gerada pela pandemia e o desemprego em alta, muitas famílias reduziram seu poder de compra (Germano Luders/Exame)

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Publicado em 24 de julho de 2021 às 14h00.

Última atualização em 26 de julho de 2021 às 15h30.

Em 2021, as solicitações de empréstimo entre pessoas físicas sem intermediação bancária cresceram 238%, segundo estudo da fintech Bullla, a primeira autorizada pelo Banco Central a operar nessa modalidade no Brasil. De janeiro a maio, foram R$ 1,6 milhão em transações de empréstimos contra R$ 473 mil registrados no mesmo período de 2020. Além disso, a plataforma teve 83 mil novos cadastros, 174% a mais se comparado aos 30,3 mil nos cinco primeiros meses do ano passado. No total, do início da operação até agora, a fintech já soma mais de R$ 3 milhões acumulados em empréstimos e cerca de 157 mil pessoas cadastradas.

Além do crescimento expressivo, o levantamento também indicou uma taxa média de 3,6% de juros em maio, percentual que, no mesmo mês de 2020, era de 4,5%. Os números apontam uma redução de 20% no decorrer de um ano, o que significa que as pessoas que utilizam recorrentemente a plataforma e pagam bem, ou seja, sem atrasos, arcam com juros cada vez mais baixos.

Os solicitantes que estão no segundo contrato e, portanto, conseguiram empréstimos mais baratos estão concentrados, em sua maioria, nos estados de São Paulo (40,3%), Rio Grande do Sul (11,1%) e Minas Gerais (7,9%). Ainda de acordo com a pesquisa, as principais motivações de empréstimo são para pagar dívidas (19,7%), investir em empresa própria (14,4%) e para novos negócios (11,7%).

De acordo com o CEO e cofundador do Bullla, Marcelo Villela, com a disparada da inflação e juros elevados — recentemente a taxa Selic foi de 3,5% para 4,25% ao ano —, as compras parceladas e o crédito pessoal foram, naturalmente, os fatores mais afetados. “Além disso, com a crise gerada pela pandemia e com o desemprego em alta, muitas famílias reduziram seu poder de compra. O crescimento significativo da nossa comunidade financeira, especialmente nesses primeiros meses de 2021, evidencia que estamos na contramão do mercado. Ao oferecer crédito mais justo, consequentemente elevamos a procura", afirma Villela.

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