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Empreender em educação exige compromisso, diz Duda Falcão, da Eleva

Festival Led Educação reuniu gestores para discutir a democratização da educação no Brasil

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Publicado em 12 de julho de 2022 às 16h56.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 06h20.

Por Bússola 

“A missão da educação deve ser transformar o Brasil”, essa foi a conclusão de Duda Falcão, co-CEO e fundadora da Eleva Educação, durante o painel em que participou no Festival Led Educação. Com mediação da apresentadora Fernanda Gentil, a mesa contou, ainda, com a participação de Daniela Neves, CEO do Universia Brasil, e de Edu Lyra, fundador da Rede Gerando Falcões. No debate, os três gestores destacaram a importância da democratização da educação para melhorar o futuro dos brasileiros.  

"Quem vier para a educação, deve ter como missão mudar o Brasil. Quem for empreender faça por muito tempo, pois em educação não vamos fazer nada rápido. Só chegamos nesse sonho de mudar mesmo a realidade de uma sociedade em cinco, dez, 20, 30 anos. Então, embarque nessa missão com determinação e compromisso”, disse Duda. 

A Favela 3D, projeto idealizado por Edu Lyra, foca justamente nessa questão. A iniciativa é um esforço para transformar a pobreza em peça de museu, e o nome “3D” significa “digital, digna e desenvolvida”. Uma ação que, de acordo com Lyra, combina políticas públicas e tecnologia social na favela, com o objetivo de destravar valor e interromper o ciclo de pobreza, dando oportunidade para que todos os moradores locais tenham acesso à educação de qualidade e melhorias habitacionais. 

A Eleva também atua nesse processo de formação dos jovens para cidadania. Duda destacou que, na Eleva Educação, o ensino tem três pilares. O primeiro é a excelência acadêmica, seguido do pilar socioemocional para ensinar autocrítica, perseverança e empatia aos alunos. E o terceiro foca na cidadania, destacando o comportamento em sociedade, ensinado o aluno o que ele pode fazer pelo coletivo, no seu bairro, na sua cidade e no mundo.  

As mudanças no período pós-pandemia também foram um dos pontos da conversa. Duda lembrou que, apesar dos desafios que o momento impõe, o ambiente escolar e a relação entre alunos, colegas e professores são insubstituíveis. O ensino no formato presencial deve continuar existindo, mas sem descartar o método de EAD (Educação à Distância) que já está bem estabelecido. 

“Vamos usar o presencial muito mais para dialogar, conversar, questionar e interagir, do que necessariamente para absorver conteúdo. Enquanto que o ensino à distância, no âmbito de transmitir conteúdo e chegar a mais pessoas, vai continuar cumprindo seu objetivo de forma eficiente”. 

Segundo Daniela Neves, do Universia Brasil, não há mais retorno ao formato passado, mas é importante ressaltar que as mudanças do virtual para o presencial não podem existir como uma barreira na sociedade. “O EAD é uma ferramenta que tem muito para ajudar, mas temos de tomar cuidado, pois ela não pode ser uma barreira de acesso de pessoas mais vulneráveis. Devemos garantir que todos consigam usar internet de alta velocidade, desde a criança até o adulto, para que todos continuem estudando, de igual para igual”, afirma. 

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