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Ei, líder, a bola está no seu campo

92% dos CEOs consideram a sustentabilidade importante para seus negócios, porém apenas 48% afirmam que ela está sendo implementada em suas operações

Menos da metade dos CEOs está implantando a sustentabilidade em suas operações (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
KS

Karina Souza

Publicado em 22 de novembro de 2020 às 11h00.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 13h58.

A ação da liderança nas empresas é crucial para incorporar as práticas de sustentabilidade na estratégia dos negócios. E isso é urgente. Precisa começar hoje mesmo se quisermos atingir em 2030 as metas que nós mesmos traçamos para transformar o planeta. Ou ao menos chegar a 2030, numa visão mais pessimista.

O fato é que o Pacto Global das Nações Unidas iniciou a década de 2020 com a certeza de que o mundo não estava no caminho certo para alcançar nos próximos dez anos os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). E logo depois veio a Covid-19a para agigantar ainda mais as nossas fragilidades.

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O PGNU, então, lançou, no auge da pandemia, o relatório "Leadership for the Decade of Action" (Liderança para a Década de Ação), um documento que pode servir como um bom mapa para acertar onde for necessário a rota das corporações, por meio de quem está no comando delas.

Foi feito um extenso estudo com 55 CEOs e membros de conselhos, de todos os continentes, considerados pioneiros em transformar a realidade de seus negócios com o ESG (práticas ambientais, sociais e de governança).

O estudo mapeou os quatro principais atributos desses CEOs. São eles: pensamento multinível, inclusão de stakeholders na tomada de decisões, ativação de longo prazo e inovação disruptiva.

Outro dado curioso é ver como esses executivos se tornaram conscientes. A maior parte deles (45%) sempre foi assim. São mulheres e homens que nutrem desde a infância paixão por assuntos ambientais e sociais. Foram chamados de “Born Believers”.

Outros 43% desenvolveram ao longo da carreira uma crescente compreensão da importância estratégica da sustentabilidade. Receberam o apelido de “Convinced”.

E os 12% restantes, batizados de “Awoken”, são aqueles que sofreram uma mudança repentina, causada por um determinado acontecimento ou uma experiência marcante, que os fez perceber que deveriam fazer mais coisas pelo mundo, e que os lucros são relevantes, mas não lideram o ranking de importância.

A realidade num universo maior de líderes infelizmente não é a mesma. Outro estudo feito um ano antes pelo próprio PGNU com mais de mil CEOs de 99 países revelou que 92% deles consideram que a sustentabilidade será importante para o futuro de seus negócios, porém menos da metade (48%) afirma que ela está sendo implementada em suas operações. E somente 21% sentem que a empresa está desempenhando um papel fundamental para alcançar os ODS.

E você? Está no grupo dos que já se mexeram ou ainda não?

* Sócio-Diretor da Loures Comunicação

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