Educação ganha destaque na mídia com pandemia, diz Jeduca
Associação de jornalistas especializados promove eventos e premia trabalhos sobre o tema para fomentar a cobertura
Bússola
Publicado em 12 de julho de 2021 às 12h55.
Por Bússola
Uma associação de jornalistas que cobrem educação, formada para fomentar o assunto na mídia brasileira, para que tenha a mesma atenção que recebem política, economia e esportes, por exemplo. Isso por meio de ações efetivas, como o apoio a profissionais que estão nas redações em todo o Brasil. Assim nascia, cinco anos atrás, a Jeduca – Associação dos Jornalistas de Educação. A ideia, então embrionária, hoje reúne quase 1.500 associados e contribui para o avanço do jornalismo de educação brasileiro.
Próximo do Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, que neste ano terá a sua 5ª edição, o presidente e um dos fundadores da Jeduca, Fábio Takahashi, fala à Bússola sobre os resultados alcançados e trata do futuro. “O jornalismo de educação ganhou mais espaço na pauta nacional durante o isolamento, uma vez que a educação foi uma das áreas mais afetadas diretamente pela pandemia”.
Bússola: Como surgiu a Jeduca?
Fábio Takahashi: A Jeduca foi criada por um grupo de jornalistas que cobriam educação e que sentiam que era uma área complexa e importante, cuja cobertura ainda era muito concentrada nos grandes veículos e demandava mais formação. Foi criada para apoiar outros jornalistas que cobrem diariamente ou esporadicamente a área.
Hoje temos uma rede de quase 1.500 associados. Nem todos têm contato frequente com a Jeduca, mas todos eles se conectaram de alguma forma com a gente nos últimos cinco anos. São profissionais formados, estudantes e professores de jornalismo e comunicação. Temos uma rede exclusiva de trocas com eles e também nosso site e redes sociais.
Acredito que a Jeduca tenha se tornado um ator relevante para o jornalismo de educação no país, mas há ainda muito a fazer.
Bússola: As secretarias de educação e organizações educacionais enxergam a Jeduca como parceira?
Fábio Takahashi: Acredito que sim. Não temos parcerias diretas com secretarias, mas Undime e Consed, por exemplo, são sempre convidados a participar dos debates, dos nossos materiais. A ideia de tudo o que fazemos é de formação para a cobertura, para apoiar os jornalistas e estudantes a terem um olhar atento a temas importantes de cobertura da área.
Bússola: Quais são os principais eventos da Jeduca?
Fábio Takahashi: O principal é o evento anual, o Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, que este ano terá sua 5ª edição, o segundo totalmente on-line por conta da pandemia. É um momento em que falamos de maneira estruturada e organizada sobre jornalismo, jornalismo de educação e questões relacionadas diretamente ao assunto. Reunimos jornalistas e educadores de todo o Brasil e de fora também.
Mas também temos realizado webinários temáticos com frequência. Outro projeto que acontece anualmente é o Edital de Jornalismo de Educação que seleciona pautas para receberem bolsas para o desenvolvimento de reportagens especiais de educação e premia trabalhos de conclusão de curso (TCCs) que sejam de ou sobre jornalismo de educação. Muito em breve lançaremos sua terceira edição. E também, desafiados pela pandemia, lançamos o Curso on-line de jornalismo de educação: bases para a cobertura, que já está na segunda edição.
Bússola: Pensando no último ano de pandemia e seus efeitos na educação, o jornalismo do setor passou a ser mais valorizado?
Fábio Takahashi: O jornalismo de educação ganhou mais espaço na pauta nacional, uma vez que a educação também foi uma das áreas mais afetadas diretamente pela pandemia, especialmente com o fechamento das escolas e tantas desigualdades pelo país, inclusive desigualdades em relação à abertura delas.
Bússola: Quais são os próximos passos?
Fábio Takahashi: Seguimos com o foco capilarizar cada vez mais a associação, sempre com o perfil de formação e apoio aos profissionais que têm interesse na área ou que já atuam nela. Com mais investimentos no contato com faculdades, jornalistas regionais e também no fomento ao jornalismo de educação, por meio de novas edições do nosso edital de jornalismo ou com novos projetos.
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