Por Carlos Guilherme Nosé* Muito tem se falado dos ecossistemas de negócios, está nos jornais, nas escolas, no dia a dia de algumas corporações. Mas, afinal, o que esse modelo impacta ou pode impactar as nossas vidas? E mais, como isso afeta as habilidades e competências necessárias para o nosso trabalho? Este é o tema que eu quero abordar na coluna hoje. Primeiramente, temos que entender que os ecossistemas de negócios são explicados como um conjunto de empresas de diferentes áreas de negócios que interagem entre si, convivendo em um mesmo ambiente de mercado. São empresas independentes, porém, quando juntas em um mesmo ecossistema se tornam muito mais poderosas. Os chineses podem ser considerados os consolidadores desse novo modelo de organização e gerenciamento empresarial. Gigantes como Baidu, Alibaba, Tencent e Xiaomi são exemplos icônicos de ecossistemas bem-sucedidos. E aqui no Brasil já temos bons exemplos de ecossistemas como Rappi, Magalu, Dasa, entre outros. Tenho visto muitos executivos falando sobre o tema e, para mim, o ponto central é como você foca o seu negócio na jornada do cliente. Entendo que para o varejo é prático para exemplificar a proposta. Quando uma rede, como Alibaba ou Magalu, entende que o cliente vai precisar de algo além do produto que está comprando no seu site ou marketplace e ele pode oferecer também a logística para entrega, o meio de pagamento, o seguro e o crédito para financiamento, aí sim eles passam a atuar com mentalidade de ecossistema. Muita gente pergunta se uma empresa de varejo criar um meio de pagamento ou uma empresa de logística, não seria perder o foco do negócio e a resposta é: não! Segundo ponto que é importante é que no modelo de ecossistema a empresa captura e trabalha os dados do cliente o tempo todo — e aqui é importante sempre lembrar de respeitar todas as regras da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD. Portanto essas empresas começam a entender que os dados, é o novo petróleo, como já virou jargão internacional. Entrando no impacto disso para você, executivo ou empreendedor, é que, uma das competências que mais temos falado, que qualquer profissional de todas as áreas precisa desenvolver é a mentalidade digital. Veja bem, não é aprender programar ou codificar dados. Não é nada disso. Você deve ter o pensando no mundo digital. Como a tecnologia impacta o seu negócio ou sua área? Como a tecnologia propicia você expandir seu negócio ou entrar em outros segmentos? Ou competir com outros ecossistemas e assim por diante. O que estou dizendo aqui, é que você como profissional de logística, por exemplo, se atualiza e entende o quanto a função está se inovando. Quanto o RH está olhando dados como informação estratégica, finanças, vendas e por aí vai. Portanto arrisco dizer que sim, o que você aprendeu até aqui ficou para trás. O mundo exige essas novas habilidades e forma de ver o modelo de negócios e, obviamente, nosso modelo de gestão. Tenho falado muito que tudo começa pelo autoconhecimento. É de extrema importância você entender quais são os seus pontos fortes e aqueles a desenvolver, afinal, todos temos! Após essa reflexão, vem aquela chuva de habilidades e competências como agilidade, adaptabilidade, comunicação, resiliência. Diante de tudo isso, a que eu mais acredito ser necessária é a capacidade de reaprender e aprender sempre. Parafraseando Gonzaguinha em um texto recente que li de uma de minhas sócias, “A beleza de ser um eterno aprendiz”. Estaremos o tempo inteiro desenvolvendo novos conhecimentos, novas formas de fazermos as coisas, de gerenciarmos, de nos comunicarmos. Portanto, deixe de lado os egos e vaidades, e vamos embora aprender novas formas de sermos excelentes líderes e empresários. E lembre-se que a felicidade é a meta. Viver e não ter a vergonha de ser feliz! *Carlos Guilherme Nosé é CEO & Partner da Fesa Group, um ecossistema de soluções de pessoas e de conexões humanas [abril-veja-tambem]W3sidGl0bGUiOiJSZWNlYmEgbm9zc29zIGFydGlnb3MsIGVudHJldmlzdGFzLCBsaXZlcyBlIHBvZGNhc3RzIiwibGluayI6Imh0dHBzOi8vd3d3LmJ1c3NvbGEuZGlnaXRhbC8iLCJoZWFkaW5nIjoiQXNzaW5lIG9zIGJvbGV0aW5zIGRhIELDunNzb2xhIiwiaGVhZGluZy1saW5rIjoiaHR0cHM6Ly93d3cuYnVzc29sYS5kaWdpdGFsLyJ9XQ==[/abril-veja-tambem] Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedIn | Twitter | Facebook | Youtube Veja também VAREJO: 5 dicas de gestão de estoque eficiente para o Dia das Mães Esta IDtech precisa de apenas 1 segundo para evitar fraudes bancárias Puffs, ideias revolucionárias? Os principais mitos da cultura da inovação (Pattanaphong Khuankaew/Thinkstock)
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Publicado em 6 de maio de 2022 às 16h30.
Por Carlos Guilherme Nosé*
Muito tem se falado dos ecossistemas de negócios, está nos jornais, nas escolas, no dia a dia de algumas corporações. Mas, afinal, o que esse modelo impacta ou pode impactar as nossas vidas? E mais, como isso afeta as habilidades e competências necessárias para o nosso trabalho?
Este é o tema que eu quero abordar na coluna hoje. Primeiramente, temos que entender que os ecossistemas de negócios são explicados como um conjunto de empresas de diferentes áreas de negócios que interagem entre si, convivendo em um mesmo ambiente de mercado. São empresas independentes, porém, quando juntas em um mesmo ecossistema se tornam muito mais poderosas.
Os chineses podem ser considerados os consolidadores desse novo modelo de organização e gerenciamento empresarial. Gigantes como Baidu, Alibaba, Tencent e Xiaomi são exemplos icônicos de ecossistemas bem-sucedidos. E aqui no Brasil já temos bons exemplos de ecossistemas como Rappi, Magalu, Dasa, entre outros.
Tenho visto muitos executivos falando sobre o tema e, para mim, o ponto central é como você foca o seu negócio na jornada do cliente. Entendo que para o varejo é prático para exemplificar a proposta. Quando uma rede, como Alibaba ou Magalu, entende que o cliente vai precisar de algo além do produto que está comprando no seu site ou marketplace e ele pode oferecer também a logística para entrega, o meio de pagamento, o seguro e o crédito para financiamento, aí sim eles passam a atuar com mentalidade de ecossistema. Muita gente pergunta se uma empresa de varejo criar um meio de pagamento ou uma empresa de logística, não seria perder o foco do negócio e a resposta é: não!
Segundo ponto que é importante é que no modelo de ecossistema a empresa captura e trabalha os dados do cliente o tempo todo — e aqui é importante sempre lembrar de respeitar todas as regras da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD. Portanto essas empresas começam a entender que os dados, é o novo petróleo, como já virou jargão internacional.
Entrando no impacto disso para você, executivo ou empreendedor, é que, uma das competências que mais temos falado, que qualquer profissional de todas as áreas precisa desenvolver é a mentalidade digital. Veja bem, não é aprender programar ou codificar dados. Não é nada disso. Você deve ter o pensando no mundo digital. Como a tecnologia impacta o seu negócio ou sua área? Como a tecnologia propicia você expandir seu negócio ou entrar em outros segmentos? Ou competir com outros ecossistemas e assim por diante.
O que estou dizendo aqui, é que você como profissional de logística, por exemplo, se atualiza e entende o quanto a função está se inovando. Quanto o RH está olhando dados como informação estratégica, finanças, vendas e por aí vai.
Portanto arrisco dizer que sim, o que você aprendeu até aqui ficou para trás. O mundo exige essas novas habilidades e forma de ver o modelo de negócios e, obviamente, nosso modelo de gestão.
Tenho falado muito que tudo começa pelo autoconhecimento. É de extrema importância você entender quais são os seus pontos fortes e aqueles a desenvolver, afinal, todos temos! Após essa reflexão, vem aquela chuva de habilidades e competências como agilidade, adaptabilidade, comunicação, resiliência.
Diante de tudo isso, a que eu mais acredito ser necessária é a capacidade de reaprender e aprender sempre. Parafraseando Gonzaguinha em um texto recente que li de uma de minhas sócias, “A beleza de ser um eterno aprendiz”. Estaremos o tempo inteiro desenvolvendo novos conhecimentos, novas formas de fazermos as coisas, de gerenciarmos, de nos comunicarmos. Portanto, deixe de lado os egos e vaidades, e vamos embora aprender novas formas de sermos excelentes líderes e empresários. E lembre-se que a felicidade é a meta. Viver e não ter a vergonha de ser feliz!
*Carlos Guilherme Nosé é CEO & Partner da Fesa Group, um ecossistema de soluções de pessoas e de conexões humanas
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