E aí, quer ser um nômade digital?
Com o advento do Zoom, Teams, do Hangout e de inúmeros outros apps, grande parte da população que trabalha não precisa mais estar in loco.
Bússola
Publicado em 10 de julho de 2021 às 15h53.
Por Jaderson Alencar*
Que a pandemia trouxe mudanças significativas na forma como vemos e fazemos as coisas é relativamente óbvio. Mas, você já parou para pensar como isso tem mudado o turismo e a forma tradicional do trabalho presencial?
Durante muitos anos as pessoas tinham que se mudar para as cidades que trabalhavam. Havia um êxodo forte do interior para as capitais. Claro, você precisava participar das reuniões in persona, ir ao escritório, provar que estava executando seu trabalho fisicamente. Mais - Deixe-me ver você está produzindo - e menos - Entregue-me resultados.
Com o advento do Zoom, Teams, do Hangout e de inúmeros outros apps, grande parte da população que trabalha não precisa mais, necessariamente, estar in loco. Isso abre o precedente de se viver onde quiser. Até em outro país, se houver o privilégio e a oportunidade. Levando mesmo seus filhos e pets.
Existe um movimento grande de contratação de brasileiros por empresas americanas e europeias, por exemplo. Mão de obra especializada e barata.
Observamos também um êxodo invertido, de migração das capitais para o interior (menos aglomeração, mais espaço, mais qualidade de vida).
O nômade digital que trabalha de qualquer lugar virou de um luxo a uma realidade pseudo concreta. Quem não conhece alguém trabalhando em uma cidade e prestando serviço para uma matriz em outro lugar? Quem não viu colegas de trabalho se mudando para locais distantes da sociedade durante o período da pandemia, mesmo que temporariamente?
De olho neste movimento, o Rio de Janeiro já fez um convite aos nômades digitais: venham trabalhar aqui, te receberemos de braços abertos. Em outras partes do mundo, como em Dubrovnik - Croácia, já se desenham modelos, em parceria com influenciadores, para receber estes viajantes temporários. Em 2021, já existem até listas dos melhores lugares para se ser um nômade digital mundialmente.
A verdade é que, quando tudo isso acabar (e vai acabar), a tendência do nomadismo vai continuar e inclusive você, caro leitor, pode ser um deles. O que você acha?
*Jaderson Alencaré Sócio-diretor de Estratégia da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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