Bússola

Um conteúdo Bússola

Dasa faz testes genéticos para agilizar diagnóstico de doenças raras em bebês

Pesquisa inédita no Brasil busca identificar enfermidades em bebês internados em UTI neonatal, diminuindo as chances de óbitos e sequelas

No projeto Odisseia, o tempo dos exames é reduzido (Praisaeng/Thinkstock)

No projeto Odisseia, o tempo dos exames é reduzido (Praisaeng/Thinkstock)

B

Bússola

Publicado em 20 de julho de 2022 às 12h00.

Última atualização em 20 de julho de 2022 às 12h19.

Por Bússola

A agilidade no diagnóstico é crucial quando se trata de suspeita de doenças raras em pacientes internados em estado grave na UTI neonatal, visto que essa é a segunda causa de morte em recém-nascidos, ficando atrás apenas da prematuridade. Levando em consideração o fato de que em 80% dos casos de doenças raras a origem é genética, o Odisseia, projeto de pesquisa clínica da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, está realizando o teste de genoma rápido em 100 pacientes, com o intuito de confirmar o diagnóstico em um menor tempo. O projeto está sendo feito em parceria com o Hospital Sabará, o Hospital das Clínicas da USP e o Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

Usados pela primeira vez no Brasil, os testes genéticos que fazem o sequenciamento de genoma completo em recém-nascidos conseguem avaliar em um único exame o que é identificado em três avaliações distintas: O Cariótipo, Array e Exoma completo. Esses exames normalmente são solicitados de forma escalonada, gerando a lentidão na análise dos casos, o que pode levar até 60 dias para um diagnóstico.

No Projeto Odisseia, esse tempo cai para uma média de 15 a 20 dias. Para a realização do teste, são coletados exames de sangue do bebê, do pai e da mãe da criança, para sequenciamento dos genes. Nos Estados Unidos, o primeiro sequenciamento completo do genoma em pacientes em UTI neonatal foi feito em 2017 e, atualmente, já é rotina nos hospitais do país, com a possibilidade de obter os resultados em apenas algumas horas.

O diagnóstico precoce garante que as melhores decisões médicas sejam tomadas, direcionando o tratamento adequado, como o caso de doenças raras que acontecem por erro inato no metabolismo, por exemplo. "Quando juntamos todos os exames, leva-se muito tempo até conseguir uma resposta para uma criança que precisaria começar um tratamento quanto antes", afirma Michele Migliavacca, geneticista, investigadora principal do Projeto Odisseia e gerente-médica da Dasa Genômica, medicina diagnóstica da Dasa, onde é realizado o genoma rápido por meio do Sequenciamento de Nova Geração.

A quantidade de exames necessários e o tempo que leva o diagnóstico de uma doença rara influenciaram o nome do projeto da Dasa. A velocidade tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos bebês e evitar sequelas. No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas são portadoras de alguma enfermidade desse tipo, e a jornada média entre o começo dos sintomas e o diagnóstico gira em torno de sete anos. “O objetivo é encurtar ao máximo a jornada desses pacientes”, afirma Michele.

O avanço da pesquisa clínica, aliado à aplicação da genética, é a consolidação de uma medicina preditiva e acolhedora, que impacta também os custos que seriam despendidos pelos pacientes e familiares. Isso porque, com a terapia adequada definida e diminuição do risco de sequelas, há também a redução dos custos com medicamentos, home care e terapias de apoio.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

Healthtech lança escalas de avaliação de segurança psicológica e burnout

3 momentos em que Stranger Things nos ensina sobre saúde mental

Seis dicas para evitar a exaustão no trabalho e manter o time criativo

Acompanhe tudo sobre:DasaGenéticaHospitaisInovaçãoMedicina

Mais de Bússola

Creator Economy: 5 passos para ter uma parceria de sucesso com criadores de conteúdo

Bússola & CIA: Drogaleste consolida expansão de sua rede

Marco Yamada: o papel da IA na revolução dos serviços de seguros

Gestão Sustentável: o meio do caminho e as luzes no fim do túnel