CPI virou o novo Big Brother do brasileiro. (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2021 às 16h55.
Última atualização em 10 de junho de 2021 às 16h55.
Por André Jácomo*
O fenômeno das duas telas, quando o consumidor está atento tanto à tela da televisão ou do notebook quanto à tela do celular, não é recente. Provavelmente a maioria de nós assiste a noticiário, esportes ou séries com um olho na TV e outro no celular, dividindo nossas opiniões com outros nas redes sociais.
Agora, em tempos de pandemia, isso parece mais acentuado. Sem as conversas no cafezinho do trabalho, na parada de ônibus ou na mesa de bar, os acontecimentos mais importantes do Brasil são narrados e comentados em tempo real com nossos amigos no WhatsApp, no Twitter ou no Instagram.
A CPI da Pandemia é o melhor exemplo disso. De acordo com alguns relatórios divulgados, a audiência da TV Senado mais que duplicou de tamanho (isso sem contar a transmissão ao vivo pelo YouTube) e os canais de notícias lideram a audiência na tv paga. No ambiente digital, diariamente a CPI está entre os trending topics, mobilizando milhares de interações entre os indivíduos.
Com tanta mobilização da sociedade em volta do assunto, alguns políticos estão aproveitando o momento para aumentar sua visibilidade e influência no ambiente digital. O ranking FSBinfluênciaCongresso, que mede semanalmente os parlamentares mais influentes nas redes sociais, mostra que os membros da CPI estão entre os mais populares do Senado Federal.
Além disso, Otto Alencar (PSD/BA), Omar Aziz (PSD/AM) e Alessandro Vieira (Cidadania/SE) estão entre os senadores que mais cresceram em popularidade digital na última semana. Todos tiveram postagens que viralizaram.
Sem Big Brother, a política é o grande reality show do país no momento.
*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa
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