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Como se preparar para combater o cibercrime em 2022

Relatório disponibilizado para a Bússola aponta que sistemas de IoT, cadeias de suprimentos globais e ambientes em nuvem serão alvos dos hackeres

Home office causou gaps e, com o trabalho híbrido, será possível montar estratégias mais robustas para os problemas. (Oliver Nicolaas Ponder / EyeEm/Getty Images)

Home office causou gaps e, com o trabalho híbrido, será possível montar estratégias mais robustas para os problemas. (Oliver Nicolaas Ponder / EyeEm/Getty Images)

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Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 16h32.

Relatório com as previsões para 2022, elaborado pela Trend Micro, empresa de soluções de cibersegurança, revela que as organizações globais vão estar mais preparadas e alertas para enfrentar o cibercrime, com uma abordagem abrangente, proativa e que prioriza a nuvem para mitigar os riscos. Segundo os pesquisadores, os hackers concentrarão os ataques de ransomware em servidores e serviços expostos.

Pesquisa, visão de futuro e automação serão fundamentais para que as organizações gerenciem os riscos e protejam sua força de trabalho. A Trend Micro bloqueou 66,3 bilhões de ameaças de e-mail, arquivos e URLs maliciosas, de janeiro a setembro deste ano, o que representa praticamente o mesmo número detectado em todo o ano de 2020.

“Temos mais pesquisadores cibernéticos incorporados em todo o mundo do que qualquer concorrente, e esses insights e descobertas são amplamente usados dentro da indústria, alimentando nossas próprias ofertas de produtos”, diz Kevin Simzer, diretor de Operações da Trend Micro.

Devido ao grande número de funcionários que continuarão trabalhando no formato home office, pesquisadores afirmam que ransomware em servidores e serviços expostos serão os alvos. De acordo com o relatório, as vulnerabilidades serão transformadas em armas em tempo recorde e, conectadas a bugs de escalonamento de privilégios, vão produzir campanhas de sucesso.

“Foram dois anos duros para as equipes de cibersegurança, tumultuados pelo trabalho em casa e pela explosão de ataques corporativos”, afirma Jon Clay, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Trend Micro.

Para Clay, à medida que o trabalho híbrido se estabelece e as atividades são retomadas, os líderes de segurança tornam-se capazes de traçar uma estratégia mais robusta para fechar esses gaps e dificultar a vida dos cibercriminosos.

Sistemas de IoT (Internet das Coisas), cadeias de suprimentos globais, ambientes em nuvem e funções de DevOps serão os alvos preferidos em 2022. Cepas mais sofisticadas de malware terão na mira pequenas e médias empresas. No entanto, a Trend Micro prevê que muitas organizações estarão prontas para o desafio porque estão implementando desde já uma estratégia para mitigar os riscos emergentes, por meio de:

  • Rigorosas políticas de proteção de servidor e controle de aplicativos para enfrentar as ameaças de ransomware;
  • Patches baseados em riscos e um foco de alerta alto na detecção de brechas de segurança;
  • Proteção de linha de base aprimorada para SMBs (Server Message Block, ou “bloco de mensagens do servidor”) centrados na nuvem;
  • Monitoramento de rede para maior visibilidade em ambientes IoT;
  • Princípios Zero Trust para proteção das cadeias internacionais de suprimentos;
  • Segurança em nuvem com foco no risco ao DevOps e nas melhores práticas do setor;
  • Solução XDR (Extended Detection and Response, ou “Detecção e Resposta Estendida”) para identificar ataques em todas as redes.

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