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Como o avanço da imunização no Brasil impacta o setor de ensino

Instituições de ensino apostam em crescimento expressivo para o próximo ano, com os planos de reabertura às salas presenciais

Mesmo diante de um cenário macroeconômico de inflação e desemprego altos, a aposta é de continuidade da retomada. (Germano Lüders/Exame)
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Bússola

Publicado em 23 de novembro de 2021 às 16h21.

Última atualização em 24 de novembro de 2021 às 13h06.

O impacto positivo do avanço da vacinação no Brasil vem sendo sentido no setor educacional — com resultados positivos já neste trimestre e a perspectiva de um cenário de crescimento e recuperação a níveis pré-pandemia em 2022. Com a reabertura de escolas e universidades — sejam elas públicas ou particulares — muitos alunos já retornaram às salas de aula digitais ou presenciais, ou fazem planos para que isso aconteça no ano que vem.

No ensino superior, os resultados do grupo Ser Educacional apontam nessa direção. No terceiro trimestre deste ano, a companhia, uma das maiores do setor privado no Brasil e líder nas regiões Norte e Nordeste, registrou um crescimento de 31,9% na base de alunos na comparação com o mesmo período do ano passado.

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“Esses resultados mostram a importante retomada de um ciclo. Com o avanço da vacinação, há um movimento de retomada. As pessoas não querem mais adiar seus planos de estudo”, diz o CEO do grupo, Jânyo Diniz.

O crescimento orgânico (excluindo aquisições) elevou a base de alunos em 26,2%. Os resultados, de acordo com comunicado do grupo, foram fortalecidos por uma temporada sólida de captação e rematrícula de alunos, tanto nos segmentos de ensino híbrido quanto digital, com desempenho superior inclusive ao ano de 2019 (pré-pandemia).

Mesmo diante de um cenário macroeconômico de inflação e desemprego altos, que podem impactar a renda das famílias e dos estudantes, a aposta é de continuidade da retomada.

“Nosso setor se comporta quase que anualmente, as entradas são bianuais. Mas a mais importante é a de verão. Se tivermos de fato uma captação de verão positiva, como aparenta acontecer nesse momento por conta da volta das atividades sociais pós-pandemia, 2022 deve ser um ano interessante para captação e por consequência para resultados”, afirma o diretor de RI do grupo Ser Educacional.

Expectativ as

O otimismo também é compartilhado pela Alicerce Educação, edtech de impacto social que trabalha com educação para crianças, adolescentes e jovens adultos. A empresa conta com oito mil alunos e pretende encerrar o ano com dez mil — em um crescimento esperado superior a 560% em relação ao resultado de 2020.

“Com a melhora nesse cenário, temos visto cada vez mais empresas e parceiros engajados e preocupados com as defasagens de aprendizagem agravados pela pandemia e querendo contribuir para contornar essa realidade. Com isso, nossa expectativa é de crescimento acelerado”, afirma a CEO do Instituto Alicerce, Andrea Matsui.

Outra mudança esperada nesse processo de retomada é nos modelos de ensino e aprendizado. Segundo o cofundador e CEO da Camino Education e da Cloe, Fernando Shayer, as ferramentas que fizeram parte das aulas remotas vieram para ficar.

“Dentre as consequências que podem ser mais permanentes [da pandemia], na volta às aulas, está a necessidade de se oferecer experiências que tragam maior engajamento dos alunos na sala de aula. São plataformas engajadoras, em que o conteúdo está disponível de maneira divertida. Se os professores nas escolas não fizerem mais do que os alunos encontram de graça no YouTube, não engajarão os jovens”, afirma Shayer.

A plataforma digital Cloe está presente em mais de 275 escolas públicas e privadas em todo o Brasil e já impactou mais de cem mil estudantes, de acordo com os dados mais recentes da empresa. A expectativa, segundo o CEO, é de crescimento da demanda em 2022.

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