No agro, expectativa de aumento na mudança de emprego chega a 50%. (Edwin Remsburg/Getty Images)
Bússola
Publicado em 25 de outubro de 2021 às 14h57.
Última atualização em 25 de outubro de 2021 às 15h04.
A Região Centro-Oeste sofre com a escassez de bons profissionais no segmento do agronegócio. Esses perfis especializados estão muito acessados, com isso as empresas têm feito movimentos de retenção agressivos para segurar os perfis, o que tem gerado grande impacto no setor.
Segundo Anderson Schemberg, executivo responsável na Região Centro-Oeste do ecossistema de soluções de RH, a Fesa Group, das posições para o agronegócio que realizou neste ano, em 80% houve negociação de salários e benefícios porque as empresas empregadoras aplicaram contraproposta agressiva de retenção.
“Além das tradicionais áreas do agro, como pecuária e insumos, os profissionais estão sendo disputados pelas empresas de maquinário agrícola, por empresas familiares que passarão por sucessão e até pelos bancos que entendem que no negócio rural é importante que o profissional transite entre o conhecimento técnico e a confiança do produtor”, afirma Schemberg.
O executivo afirma também que muitos perfis estão sendo promovidos precocemente, ou principalmente sofrendo reajustes salariais bem significativos, que estão extrapolando algumas faixas médias de remuneração para as posições. O receio é que esteja se formando uma bolha no segmento como houve com profissionais da internet há alguns anos. Em média, ao mudar de emprego a expectativa de aumento salarial é de 10% a 15%. No agro, a expectativa chega a um acréscimo de 50%.
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