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Cães e gatos também ganham peso durante a pandemia, diz estudo

A redução ou a falta de passeios com os pets impacta diretamente no peso e no comportamento

Muitos tutores aumentaram a quantidade de alimentos oferecidos aos pets para compensá-los (Getty Images/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 24 de julho de 2021 às 10h00.

A pandemia afetou também os bichinhos e 33% dos tutores de cães e gatos notaram aumento de peso do pet. É o que apontam dados de uma pesquisa realizada pela Hill's Pet Nutrition, em parceria com a Petlove. 30% indicam que o pet engordou menos de 3 quilos e 5% que o ganho de peso foi superior a isso.

“Alguns fatores como a castração ou a idade do animal influenciam no ganho de peso, mas, de maneira geral, o sobrepeso é uma combinação entre pouco gasto energético e ingestão calórica excessiva. Com a pandemia, muitos tutores deixaram ou reduziram o tempo de fazer passeios com seus cachorros, o que pode impactar diretamente no peso ”, afirma Brana Bonder, médica veterinária e supervisora de Assuntos Veterinários da Hill's Pet Nutrition.

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A Coordenadora de Conteúdo da Petlove, Jade Petronilho, incentiva a rotina de atividades físicas dentro de casa. “Hoje em dia, temos muitos produtos no mercado pet que ao mesmo tempo que os estimulam fisicamente também promovem uma atividade mental e sensorial ao animal, algo fundamental para seu bem-estar”, diz.

Mudanças de hábitos alimentares também impactam no ganho de peso. Durante a pandemia, 13% dos tutores entrevistados aumentaram a quantidade de alimento oferecida aos seus pets e 31% aumentaram a quantidade de petiscos.

“É sempre bom consultar um veterinário para entender a quantidade de alimento necessária para que o pet mantenha uma dieta balanceada. Exagerar nos petiscos, por exemplo, especialmente nesse período onde o gasto calórico é menor, com menos passeios e atividades, pode fazer com que o animal engorde”, afirma.

“Para a prevenção do ganho de peso os donos devem acender um sinal de alerta quando sentirem dificuldade de apalpar as costelas e de enxergar com facilidade a cintura do animal. Afrouxar a coleira é um outro ponto de atenção, assim como a forma que o pet caminha, se locomove e respira”, diz a especialista.

Comportamento

61% dos tutores também notaram mudanças de comportamento do pet durante a pandemia. A maior parte dos tutores, 45%, percebeu que o animal está pedindo mais carinho que o normal nesse período. 9% repararam que os pets estão mais irritados, 8% notaram que estão comendo mais durante o período e 5% estão fazendo mais bagunça.

Preocupações

Hoje, 73% dos entrevistados estão trabalhando no esquema de home office e existem algumas preocupações com relação aos pets quando a ida para os escritórios voltar a ser comum. 69% dos tutores estão preocupados com o emocional dos pets, 25%, com as dificuldades de conseguir estabelecer uma nova rotina longe do pet e 19% com os cuidados de maneira geral e alimentação.

Os tutores estão interessados em retomar algumas atividades após o período de isolamento social. 34% querem voltar a passear com seus pets no parque, 32%, nas ruas, 24% querem viajar com os pets e 15% esperam retomar idas aos shoppings e restaurantes pet friendly.

Soluções

84% dos entrevistados acreditam que as empresas devem considerar soluções alternativas de trabalho para os tutores de pet no período pós-pandemia. Entre as ideias mencionadas, destacam-se a possibilidade de regime de trabalho híbrido, com uma combinação entre trabalho presencial e remoto durante a semana, criação de espaços pet friendly dentro das empresas, horários flexíveis de trabalho e um retorno gradual para os escritórios.

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