Bússola Trends: Venda humanizada e engajamento no marketing de influência
Influenciadores compartilham conteúdos em audiências próprias, gerando troca, conexão e identificação
Bússola
Publicado em 11 de maio de 2022 às 11h56.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
Influenciadores sempre fizeram parte de campanhas bem sucedidas. Nos anos 90, garotos e garotas-propaganda faziam sucesso e um deles entrou para o Guinness Book como o ator que mais comerciais fez para a mesma marca. O que mudou é a propagação desse fenômeno para outros veículos de comunicação, que impulsionou ainda mais a eficácia do marketing de influência.
Esses criadores de conteúdo tinham como veículo de exposição TV, cinema, revistas e jornais. Hoje eles não dependem desses meios e têm suas próprias audiências. Nelas, eles compartilham seus modos de vida, suas paixões, seus medos, necessidades, pontos de vista, entre outros tantos conteúdos.
O que antes era entretenimento e foco em vendas, hoje passou a ser conteúdo humanizado, o que gera muito mais troca, conexão e identificação.
A vida não é mais retratada com perfeição e os vídeos curtos do TikTok, para exemplificar, aproximaram o público com essa representação da vida real.
Pessoas confiam cada vez mais em influencers e suas recomendações. Eles têm se tornado poderosos veículos de venda.
A credibilidade que os criadores passam – inclusive, eles são usuários das mesmas plataformas que seus seguidores usam – é criada ao longo dos anos. A influência se dá também porque influenciadores já tem construída a sua identidade nas redes e, ao indicar algum produto ou serviço, essa ação é mais uma dentre todas em seu dia a dia. Ele comunica a marca de maneira fluida e a recomendação se torna bem-vinda.
Usuários das redes são influenciados por pessoas com quem se identificam e têm uma relação de confiança. A sensação de proximidade promove uma conexão, o que impacta positivamente em qualquer estratégia de marketing que tem como propósito engajar e atingir seu público de maneira mais criativa e direta.
O marketing de influência traz em seu DNA isso: criatividade, originalidade e conteúdo autêntico, atingindo o nível emocional dos seguidores.
Por isso a taxa de microinfluenciadores também está crescendo, além do surgimento de influenciadores virtuais, inevitável com a chegada do metaverso.
Gerados por computadores, os chamados VI se parecem com humanos e, na China, possuem legiões de seguidores atraindo diversas marcas que querem investir nessa tecnologia.
Para se ter uma ideia, de acordo com a IIMedia Reserch, dos 80% dos internautas chineses que seguem celebridades online, mais de 60% seguem ídolos virtuais com taxa de envolvimento três vezes maior com eles.
A tendência é que, com o metaverso, o número de influenciadores virtuais cresça ainda mais.
Nas mãos certas, os influenciadores se tornam geradores de receita comprovada.
Para criar qualquer estratégia, é necessário escolher uma pessoa que atenda aos critérios da marca.
É fundamental entender o que o influenciador escolhido representa para o seu público, qual o seu desempenho, quanto de engajamento ele promove, quão alinhado ele está com a empresa que representará, entre outros fatores.
Confiar na escolha é entender que criadores de conteúdo conhecem melhor seu público do que ninguém e a autenticidade é uma poderosa ferramenta de inspiração e atração. Não há dúvida que a venda humanizada cresceu e tende a crescer. Com tanta informação, em tantos meios de comunicação, pessoas confiam cada vez mais na opinião de pessoas que lhes interessam, e são influenciados diretamente por elas. A voz do digital influencer ecoa progressivamente e exponencialmente e essa informação não pode ser descartada.
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*Alexandre Loures eFlávio Castrosão sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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