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Beatriz Leite: Empreendedoras na cadeia de valor de grandes empresas

Quando os ciclos se fecham e a geração de renda acontece!

Mulheres encontram dificuldades em acessar o mercado e o capital (Hispanolistic/Getty Images)

Mulheres encontram dificuldades em acessar o mercado e o capital (Hispanolistic/Getty Images)

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Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 20h15.

Conforme a pesquisa da RME, entre as maiores dificuldades das mulheres que são donas dos seus próprios negócios estão o acesso à capital e ao mercado.

A RME apoia essas mulheres oferecendo gratuitamente capacitações, mentorias e conteúdos para ajudá-las em suas vendas e a saber como chegar em novos mercados. Mas o acesso direto a recursos financeiros, crédito e, principalmente, novos clientes, é essencial para que o negócio da empreendedora se desenvolva e possa ter sustentabilidade futura, mantendo continuamente as vendas.

Entretanto, o acesso ao mercado no mundo dos negócios B2B é algo mais complexo de se realizar, pois envolve abrir contatos, promover interações, networking e QI (ou quem indica). Para colocar em prática é necessário mais do que uma metodologia testada, com conteúdos e ferramentas que atendam às necessidades das empreendedoras, como a RME tem feito em seus quase 13 anos. Para haver interação, é necessário que o outro lado se abra também: ou seja, é necessário que o mercado queira conhecer e absorver essas empreendedoras em sua cadeia.

Felizmente, cada vez mais as grandes empresas estão abertas a esse processo. Seja através de Rodadas de Negócios, como as promovidas pelo Programa RME Conecta, que aproxima em eventos online ou presenciais, mulheres empreendedoras de grandes empresas para potenciais negociações. Seja através de ações localizadas em projetos com públicos específicos.

Algumas dessas iniciativas podem servir de inspiração para outras grandes empresas que estão começando:

  • Brindes e Feiras com Empreendedoras Negras: Através do Programa Elas Prosperam, há 2 anos a Visa tem atuado apoiando empreendedoras negras com a RME. Além de curso, mentoria e recurso financeiro, a Visa tem inserido as empreendedoras participantes no Programa em suas Compras. O kit de Boas-vindas do programa de estagiários exclusivo para pessoas negras foi totalmente confeccionado por uma das empreendedoras do programa, especializada na produção de moda, uniformes e brindes afrocentrados. Além disso, uma feira com os produtos das mulheres foi promovida para compras entre os colaboradores.
  • Vitrine para divulgação dos negócios: outro projeto que irá promover várias atividades para desenvolvimento dos negócios das mulheres e conexão com mercado é o Bora Empreender com Comida, programa realizado pela AMBEV em parceria com a RME. Nesta iniciativa uma das ações já iniciadas é a divulgação dos negócios das empreendedoras no site do projeto: boraempreendercomcomida.com.br. Assim qualquer pessoa interessada em adquirir produtos alimentícios pode acessar e entrar em contato com elas. Imagine agora no Natal, encomendar sua ceia diretamente de uma empreendedora capacitada e que precisa muito vender?

Pouco a pouco, mais empresas entendem e aderem a esse movimento que tende a crescer cada vez mais. Pelo menos é o que a RME espera e trabalha para.

E você, já comprou de uma empreendedora este mês?

*Beatriz Leite é gestora de projetos, formada em gestão ambiental pela USP e pós-graduada em gestão de projetos pelo Senac. Atua há quase dez anos em negócios e organizações sociais, nas áreas de longevidade, desenvolvimento local, cultura e empoderamento feminino

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