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Metodologia do Círculo de Ouro é muito mais do que uma ferramenta de marketing; serve para nos fazer refletir sobre as nossas crenças

Ao descobrir os nossos porquês, somos inspirados e motivados (Katleho Seisa/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 12h40.

Por Alice Salvo Sosnowski*

Provavelmente você já ouviu falar da metodologia do Círculo de Ouro (ou Golden Circle). Ela foi apresentada pela primeira vez pelo consultor Simon Sinek em  2009 em um TED Talks e até hoje faz um sucesso estrondoso, já visto por mais de 50 milhões de pessoas.

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Utilizada por profissionais de marketing em todo o mundo, o Círculo de Ouro é o ponto de partida para a comunicação de empresas como Apple, Nike, Google, Coca-Cola, Natura e milhares de outras instituições. A ferramenta apresenta o pulo do gato para vender um produto, engajar pessoas e comunicar propósitos.

Sinek diz que não inventou a metodologia, mas descobriu sua lógica observando os comportamentos de líderes em diferentes áreas, como por exemplo Steve Jobs, fundador da Apple, ou Martin Luther King, líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Na pesquisa, Sinek descobriu um padrão de como os grandes líderes pensam, agem e se comunicam. A descoberta, que é provavelmente “a ideia mais simples do mundo”, transformou a sua visão de mundo.

Para exemplificar, ele apresenta o famoso círculo: “todas as pessoas sabem o quê fazem, algumas pessoas sabem como fazer, mas apenas uma pequena parcela sabe o porquê fazer”, ele explica.

Ao começar a sua comunicação de dentro para fora (do porquê para o o quê), empresas e líderes vão diretamente no cerne da questão e apresentam uma crença que reverbera, engaja e é capaz de conquistar corações e mentes.

A explicação não é psicológica, mas biológica. No cérebro humano, enquanto o neocórtex domina o pensamento analítico e faz escolhas racionais, o límbico toma decisões a partir da intuição. E por mais que não pareça, é ele que domina 80% da nossa vida: profissão, relacionamentos, estilo de vida e escolhas complexas.

Expor o que acredita, portanto, é a maneira mais curta para atrair pessoas que têm as mesmas crenças. “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz”, diz Simon Sinek.

O consultor ainda esclarece que o quê você faz serve apenas como prova do que você acredita. Por isso, comprar um iPhone vai muito além do que uma escolha racional pelo celular. É uma decisão sobre o pensamento e estilo de vida que se quer ter.

A compreensão profunda dessa metodologia muda totalmente nossa forma de atuar no mundo. Trata-se de ideias, comportamentos e crenças. Como Sinek mesmo aconselha: “O objetivo não é fazer negócios com todo mundo que precisa do que você tem, mas fazer negócios com pessoas que acreditam no que você também acredita”.

Ou seja, muito mais do que uma ferramenta de marketing, o Círculo de Ouro serve para inverter a nossa lógica de pensamento e ação. Ao descobrir os nossos porquês, somos inspirados, motivados, e de quebra, acordamos mais dispostos na segunda-feira de manhã. E você? Já fez seu círculo de ouro?

*Alice Salvo Sosnowski é jornalista, consultora de negócios e especialista em empreendedorismo e soft skills. Foi eleita em 2019 uma das Top Voices no Linkedin. Criadora da metodologia O Pulo do Gato Empreendedor, que desenvolve habilidades para os desafios da nova economia. Atua como mentora de empreendedores, startups e empresas

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